O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais nesta domingo (13), para responder o ator Mark Ruffalo pelas críticas sobre a ausência de “metas concretas” na Cúpula da Amazônia.

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Lula disse ao artista, que interpreta o personagem Hulk nos cinemas, que os compromissos estabelecidos no fórum são “o ponto de partida para a construção de um consenso em torno da proteção da Amazônia”.

Lula rebate Rufallo

“Ao reunir os países da região Amazônica, e iniciarmos uma aliança com os dois Congos e a Indonésia, um grupo que junto detém quase 80% das florestas tropicais do mundo, estamos dando mais um passo rumo a uma agenda comum de preservação de ecossistemas fundamentais para o clima e a biodiversidade do planeta”, escreveu o presidente em sua conta oficial na plataforma X, antes chamada de Twitter.

Na última quinta-feira (10), Ruffalo mencionou Lula em um publicação no X.

Rufallo escreveu que o presidente brasileiro é um de seus heróis, mas que estava de “coração partido” pela falta de concretude dos objetivos estabelecidos pelo oito países amazônicos que participaram da Cúpula na região norte do País.

“A emergência para proteger a Amazônia é uma emergência climática – e nós não temos tempo a perder”, escreveu o ator.

Ao criticar os resultados do encontro de líderes de países amazônicos, Ruffalo usou como exemplo de sucesso as ações do presidente colombiano, Gustavo Petro.

“A Colômbia, sob comando de Petro, é a primeira nação amazônica a seguir o que a ciência recomenda – a meta de proteger 80% da floresta até 2025, e um pedido para interromper a extração de petróleo na Amazônia”, disse o ator.

Declaração de Belém

A Declaração de Belém, criticada por Ruffalo, é um protocolo de metas assinado por países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OCTA), da qual fazem parte Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

O documento não colocou o desmatamento zero como meta nem elencou o fim da exploração do petróleo na região como horizonte.

Esses pontos geraram críticas de especialistas e ambientalistas pela falta de ambição das propostas em frear o desmatamento e a exploração de recursos naturais na região.

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