O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se encontrar com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, no final da tarde desta terça-feira (2).

A reunião está prevista para às 17h, no Palácio da Alvorada.

Além da presença dos dois presidentes, também devem participar da reunião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os chanceleres dos dois países, Mauro Vieira, pelo Brasil, e Santiago Cafiero, pela Argentina.

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A pauta principal do encontro é desenvolver o comércio entre os dois países, para a recuperação do país vizinho, que enfrenta grave crise financeira, com inflação de 104% ao ano.

A expectativa é que Lula viabilize a concessão de créditos para empresas brasileiras que vendem para a Argentina e que importam serviços e mercadorias do Brasil.

A ideia é propor uma espécie de linha de crédito para que a Argentina compre produtos brasileiros.

A informação foi dada pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, na última segunda-feira (1).

Além disso, quem deve financiar essa linha de crédito é o BNDES, assim o banco fica responsável por repassar os recursos para a empresa brasileira que vai exportar seus produtos ou recursos. 

Caso a Argentina não pague o empréstimo, o Fundo de Garantia à Exportação assume o valor devido.

Atualmente, cerca de 210 empresas brasileiras exportam para a Argentina.

O país é um dos principais parceiros econômicos do Brasil, ficando atrás apenas de China e Estados Unidos.

No ano passado, as exportações do Brasil para o país vizinho somaram R$ 15,3 bilhões, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

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Além disso, também deve ser discutido o pedido de Fernández para que o BNDES agilize a aprovação do financiamento da ampliação do gasoduto Néstor Kirchner. 

Em visita a Buenos Aires, capital da Argentina, em 23 de janeiro, Lula confirmou o financiamento e disse que há interesse mútuo de empresários de ambos os países pela obra.

A primeira fase do gasoduto foi concluída e, agora, os argentinos buscam ajuda financeira para continuar a obra.

O segundo trecho deve ter cerca de 500 km e vai ligar os campos de óleo e gás de xisto da região de Vaca Muerta até San Jerónimo, na província de Santa Fé.

Em uma fase futura, o gasoduto poderá chegar ao Brasil.