Nesta quarta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou a retirada das grades em frente ao Palácio do Planalto.

A retirada das grades por funcionários do Planalto, começou por volta das 9h.

As grades de proteção, posicionadas à frente da praça dos Três Poderes, foram colocadas durante o governo Dilma Rousseff (PT), em meio aos protestos de junho de 2013, ou seja, há quase 10 anos.

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O presidente já havia reclamado publicamente das grades de proteção no Planalto e da barreira no acesso ao Palácio da Alvorada, residência oficial.

“Agora tem tanto empecilho para chegar no Palácio do Alvorada, não sei se vocês já viram os bloqueios que fizeram lá. Quem faz uma quantidade de bloqueio daquela é porque está com medo de alguma coisa. Não é possível que tenha que ter um monte de muralha para poder chegar na casa do presidente, que era uma coisa para tirar fotografia. Eu vou aos poucos retirando aquilo lá. Nós precisamos fazer com o que o Brasil volte a ser civilizado”, afirmou durante discurso sobre reajuste aos servidores públicos.

A retirada simboliza o desejo de Lula em diminuir o distanciamento simbólico entre a população e a Presidência e demonstrar que se sente seguro e que confia no trabalho da Polícia Federal, GSI e Ministério da Justiça e Segurança Pública, apesar das ameaças golpistas.

A medida ainda precisa ser discutida dentro do GSI. O gabinete, responsável pela segurança do Palácio, avalia como manter o prédio e o presidente seguros, “respeitando a proposta arquitetônica original”. 

De acordo com o GSI, as grades devem passar por restauração e ainda não está descartado o retorno da proteção.

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Instalação de grades

A decisão de retirar as grades acontece um dia após o anúncio da contratação de uma empresa para a instalação de 62 mil grades de proteção, que seriam colocadas na Esplanada dos Ministérios e nos Palácios da Alvorada e Planalto. 

Juntas, as grades somavam 124 quilômetros de extensão e tinham custo estimado de R$986 mil. 

A medida adotada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) pretendia aumentar a segurança dos prédios públicos, especialmente em áreas com possibilidade de ocorrência de aglomerações ou manifestações com potencial oferecimento de risco aos bens e autoridades a serem protegidos.