Nesta quinta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna ao trabalho em Brasília, no Palácio do Planalto, após as viagens a Portugal e Espanha.

Duas decisões já o aguardam no gabinete: a indicação dos substitutos dos ex-ministros Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ambas as decisões são complexas, pois dependem de uma costura política, para agradar as alas do governo.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

A pedido de Lula, o jornalista Ricardo Cappelli, nomeado interinamente para assumir o comando da GSI após a demissão de Gonçalves Dias, faz um pente-fino no órgão, substituindo servidores identificados com a gestão anterior.

Na última quarta-feira (26), Capelli exonerou cerca de 29 servidores, a pedido do atual presidente para promover a chamada desbolsonarização do gabinete, de acordo com informações de assessores no Palácio do Planalto.

RELACIONADAS

+ Ricardo Cappelli, ministro interino do GSI, exonera 29 servidores

+ Dança das cadeiras no GSI: ministro interino exonera Jorge Fontes

Imbróglio entre as alas do governo Lula

Além disso, há o imbróglio entre as alas do governo Lula, para decidir quem deve assumir o comando do GSI, um civil ou militar.

Setores do governo chegaram a defender a desmilitarização do GSI e a nomeação de um comandante civil para o órgão responsável pela segurança presidencial.

Porém, a intenção de Lula é voltar a nomear um general do Exército para o cargo, sinalizando que ele ainda confia nas Forças Armadas enquanto instituição.

O nome ventilado para o cargo é o do general Marcos Antônio Amaro dos Santos, que já assumiu a segurança da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), chefiando o GSI de janeiro de 2015 a maio de 2016.