O solo da mina nº 18 da Braskem tem apresentado afundamento acelerado no bairro Mutange, em Maceió, em Alagoas, conforme relatórios diários da Defesa Civil do município.

Desde 30 de novembro, quando os tremores ocorreram, o deslocamento total já atingiu 2,16 metros.

A velocidade vertical atual é de 0,35 centímetros por hora, registrando um movimento de 8,6 cm nas últimas 24 horas.

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Nos dias 7 e 8 de dezembro, a velocidade de afundamento divulgada era de 0,21 centímetro por hora, ou 5,2 cm por dia.

Houve um aumento de aproximadamente 67% na aceleração do afundamento de sexta para sábado. O risco de colapso é iminente.

Alerta e monitoramento

Como medida de precaução, a Defesa Civil da prefeitura de Maceió recomenda que a população evite transitar na área desocupada até uma nova atualização do órgão.

Medidas de controle e monitoramento estão sendo adotadas para reduzir o perigo, segundo a nota.

A equipe de análise da Defesa Civil enfatiza que as informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.

A região, situada próxima à lagoa Mundaú e ao antigo Centro de Treinamento do Centro Esportivo Alagoano (CSA), já estava sob monitoramento devido à remoção de sal-gema pela Braskem até 2019.

O bairro havia sido desocupado anteriormente devido ao risco de desabamento.

No entanto, a situação se agravou após novos tremores em 30 de novembro deste ano, levando à declaração de estado de emergência pela Defesa Civil.

A atividade de extração de sal-gema comprometeu o solo, resultando em problemas também em outros bairros, onde as casas foram abandonadas anos atrás.

Multa

O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas aplicou multa de mais de R$ 72 milhões à Braskem por danos em Mutange, e a empresa enfrentará uma CPI no Senado para investigar os impactos da extração de sal-gema em Maceió.

A Braskem, em nota recente, afirma estar monitorando a situação e tomando medidas para minimizar possíveis ocorrências, destacando que a área de risco definida pela Defesa Civil está completamente desocupada.

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