Na próxima sexta-feira, 24, o telescópio James Webb, o maior e mais potente já lançado, vai iniciar sua ‘viagem’ ao espaço, de onde vai captar a luz das primeiras estrelas.

O lançamento do James Webb, que tem um instrumento calibrado pela astrônoma portuguesa Catarina Alves de Oliveira e a segurança das operações supervisionada por engenheiros do ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade -, está previsto para sexta-feira, às 8h20 (hora de Manaus), a bordo do foguetão de fabricação europeia Ariane 5, da base de Kourou, na Guiana Francesa.

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O telescópio, que tem o nome de um antigo dirigente da agência espacial norte-americana Nasa, que lidera o projeto, é uma ‘empreitada’ com mais de 30 anos e sua história é marcada por recordes de engenharia, orçamento e prazos de lançamento.

Os custos, estimados inicialmente em US$ 500 milhões, superaram os US$ 10 bilhões.

Não obstante as derrapagens, o James Webb é o maior e mais potente telescópio espacial, destronando o seu antecessor, o ‘velhinho’ Hubble, há 31 anos em órbita, a 570 quilômetros da Terra.

O telescópio vai captar a luz de corpos celestes mais longínquos, de 13,5 bilhões de anos, quase a idade do universo (de acordo com a teoria do Big Bang, o universo terá 13,8 mil milhões de anos).

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O Webb, além de observar as primeiras estrelas e galáxias, vai permitir ‘olhar para dentro’ de nuvens de gás e poeira onde se formam estrelas, galáxias e sistemas planetários mais recentes.

Com o novo telescópio, Elisabete da Cunha espera “conseguir, pela primeira vez, fazer um mapa da distribuição das estrelas” em galáxias distantes, “verdadeiros monstros cósmicos que estão formando centenas e até milhares de novas estrelas por ano”.

Os cientistas europeus terão direito a 15% do tempo de observação do telescópio assim que estiver operacional, o que se espera que aconteça seis meses após o lançamento. Os primeiros dados científicos são aguardados em meados de 2022.

Apesar de ser o maior e mais potente telescópio espacial, o James Webb tem uma limitação: não pode ser reparado em órbita, ao contrário do Hubble, devido à sua distância da Terra, e por isso sua “esperança de vida” é curta, de cinco a dez anos.

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