O programa Mais Médicos, rebatizado de Mais Saúde para o Brasil, vai priorizar profissionais brasileiros, segundo divulgação do presidente Lula (PT), nesta segunda-feira (20).

“Queremos que todos os médicos que se inscrevam sejam brasileiros”, disse o chefe de Estado durante a cerimônia de lançamento do programa em Brasília.  

+ Envie esta íntegra no seu WhatsApp

+ Envie esta íntegra no seu Telegram

Lula ainda falou que grande parte da população brasileira não tem acesso à saúde primária e nem aos especialistas em diferentes áreas da medicina.

“Muita gente morre nesse país sem ser atendido por especialista. Somente quem mora na periferia das grandes cidades, nas cidades pequenas do interior, sabe o que é a ausência de um médico”, lamentou.

O presidente assinou medida provisória para a criação da estratégia nacional de formação de especialistas para a saúde e também um decreto que institui a Comissão Interministerial de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde.

Lula também falou sobre a criação do programa Mais Médicos em 2013, pela ex-presidente Dilma Rousseff, e os ataques que ocorreram, principalmente no governo Bolsonaro.

“O Brasil esteve gravemente doente, adoecido pelo ódio político, pelas mentiras e pela ausência de humanidade, a saúde voltou, o Mais Médicos voltou e voltaram para ficar definitivamente neste país”, completou. 

Durante a cerimônia, o gestor também ressaltou que a saúde não pode ser “refém de teto de gastos, juros altos ou cortes orçamentários em nome de um equilíbrio fiscal que não leva em conta o bem mais precioso que é a vida humana”. 

RELACIONADAS

+ Lula faz cerimônia de relançamento do programa Mais Médicos

+ Programa Mais Médicos é relançando nesta segunda pelo Governo Federal

+ Contrato do Programa Mais Médicos será prorrogado por mais seis meses em Manaus, autoriza MS

Programa Mais Saúde para o Brasil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que o ano passado foi o pior em 10 anos em relação a distribuição de médicos em equipes de medicina da família.

“O ano de 2022 finalizou com mais de 4 mil equipes de saúde da família sem médicos”, disse Nísia. 

Os principais objetivos do programa são o fortalecimento da atenção primária em saúde, novos caminhos para a formação de especialistas.

Nesta linha, a gestora ministerial anunciou que o lançamento de 963 bolsas de residência médica e 837 bolsas de residência multiprofissional. 

A participação de cerca de 40 universidades públicas, além do incentivo de fixação de 120 mil reais para médicos que permanecerem em áreas vulneráveis são algumas das medidas do programa.

O programa também prevê auxílio para o pagamento do FIES para os médicos.

Além disso, a ministra destacou que serão lançadas 5 mil vagas para médicos no primeiro semestre e 10 mil, no segundo semestre. 

Ao todo, em 2023, serão 28 mil profissionais que irão participar do programa e R$ 172 milhões de reais investidos.