Um documento de maio deste ano, do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), revelou que o aterro sanitário na Área de Proteção Permanente (AAP), na BR-174 em Manaus, classifica o local com “grande potencial poluidor e degradador”.
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O instituto concedeu a Licença de Operação Nº 173/2023 para uma empresa operar um aterro sanitário de resíduos sólidos no local.
A Câmara Municipal de Manaus (CMM) fará uma representação junto ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) contra a construção.
Segundo o presidente da CMM, a representação será feita por meio da 14ª Comissão de Meio Ambiente, Recursos Naturais, Sustentabilidade e Vigilância Permanente da Amazônia.
A ativação do aterro pode poluir o igarapé do Leão, um dos maiores afluentes do Rio Tarumã.
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Impactando a população
De acordo com moradores da área, a construção tem pelo menos quatro anos e já está afetando o meio ambiente e o cotidiano de todos.
“A água do igarapé (do Leão) era limpa e agora é barrenta. Não dá para tomar banho como antes, a gente limpa e não adianta, tá só lama. Deixou de ser um local de lazer por que não tem condições”, denunciou o morador Osvaldo Lima.
A dona de casa Alzira de Paula também disse estar preocupada com o futuro da comunidade.
“A água diminuiu e está mais suja porque estão aterrando e é difícil até pegar peixes pra comer. A preocupação é com o odor e piorar e contaminar mais o igarapé que é nossa riqueza”, acrescentou Alzira.