Preocupado com o aumento do número de casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP-H5N1) no território nacional, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira (7), portaria assinada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que prorroga por 180 dias, a vigência do estado de emergência zoossanitária em todo o país.

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O Ministério da Agricultura (MAPA) informou que, até o momento, não há registro de circulação do vírus na criação comercial, o que mantém o Brasil com status de país livre de influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), exportando seus produtos para consumo de forma segura.

“O combate à gripe aviária é uma questão que merece a atenção de todos, pois o avanço da doença pode impactar diversos setores do país. A prorrogação nos dará mais segurança para o enfrentamento a esta crise sem maiores riscos”, declarou Fávaro.

Com a portaria, o governo federal pode adotar medidas de erradicação do foco de forma rápida, a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais – nas três instâncias: federal, estadual e municipal – e não governamentais, bem como ações integradas para conter a disseminação da doença pelo país.

O Brasil responde por 35% do mercado global de carne de frango e é o maior exportador do mundo. Por ser causada por um vírus com alta capacidade de mutação e adaptável a novos hospedeiros, o H5N1 representa um risco principalmente ao comércio internacional de produtos avícolas, e também é uma ameaça à saúde humana, já que ocasionalmente pode afetar mamíferos como gatos, cães, cavalos, suínos e também humanos.

A emergência zoossanitária já havia sido decretada, pela primeira vez, em maio deste ano como uma medida do ministério para evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.

Focos da doença

De acordo com o MAPA, 139 focos da doença já foram confirmados, sendo em aves silvestres e aves de subsistência nos estados do Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

A Pasta orienta que a população que não toque ou recolha as aves que encontrarem doentes ou mortas e que acione o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe. Além disso, esclarece que não há risco no consumo de carnes e ovos de aves ou qualquer produto de origem animal inspecionado.

Por fim, reforça que não há risco no consumo de carnes e ovos de aves ou qualquer produto de origem animal inspecionado.

A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas. A infecção humana é rara, mas pode ocorrer por meio de contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). Não há risco no consumo de carnes e ovos de aves ou qualquer produto de origem animal inspecionado.

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