O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, afirmou nessa segunda-feira (11) que o governo federal está na Ilha do Marajó para levar política pública à população.

Com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, Almeida participou de um evento que, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciou o edital Sanear Amazônia.

A proposta conta com o investimento de R$ 150 milhões do Fundo Amazônia para levar água potável para as comunidades da região.

Durante o evento, o ministro rebateu falas da ex-ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, sobre a Ilha de Marajó.

Marajó não é um antro de exploração sexual como se quis fazer crer. Existe o problema, está sendo tratado pelas forças de segurança, só que as pessoas aqui precisam de segurança do ponto de vista da cidadania, de políticas públicas”.

Denúncia de abuso sexual

A senadora Damares Alves (PL-DF) denunciou os abusos sexuais que ocorrem na região durante sua gestão no ministério dos Direitos Humanos no governo Bolsonaro.

Em 8 de outubro de 2022, a ex-ministra contou detalhes da sua visita à Ilha do Marajó em uma igreja evangélica, detalhando torturas e abusos sofridos pelas crianças.

“Nós temos imagens de crianças brasileiras com quatro anos, três anos, que quando cruzam a fronteira sequestradas, os dentinhos são arrancados, para elas não morderem no sexo oral.”

Em setembro do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) no Pará condenou a senadora a pagar cinco milhões em indenização aos moradores da ilha de Marajó.

Segundo o MPF, as informações de Damares são “falsas e sensacionalistas“, além disso, eles alegaram que o relato causou dano à imagem do local.

Repercussão nas redes sociais

Nas redes sociais, o assunto teve uma grande repercussão e alguns moradores da região e publicaram alguns vídeos sobre o assunto.

O instituto Akachi que trabalha com crianças e adolescentes em vulnerabilidade social na região também se posicionou sobre o assunto e afirmou que o índice de exploração é “alarmante“.

@institutoakachi

Infelizmente, essa é a realidade de grande parte das crianças na Ilha de Marajó, que tem o pior IDH do Brasil. São milhares de crianças expostas à exploração e abuso sexual, são famílias desestruturadas e outras tristes situações. E nosso papel, como Akachi (“Mão de Deus”), é lutar por cada uma delas. E você também pode fazer parte disso sendo a esperança das próximas gerações. 💛 Clique no link da bio e faça a sua doação!

♬ som original – institutoakachi