Após o vazamento de fotos do corpo da cantora Marília Mendonça em aplicativos de mensagem, a Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) afirmou, nesta quinta-feira (13), que instaurou procedimento para apurar o caso.

A PC acrescentou que, como o sistema onde os dados são armazenados é auditável, será possível rastrear e saber quem entrou e repassou as imagens.

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“A Polícia Civil informa que o sistema onde ficam armazenados os documentos investigativos são auditáveis e que a Superintendência de Informações e Inteligência Policial (SIIP) já está realizando os levantamentos com vistas a identificar todos os acessos ao referido laudo”, disse a corporação. 

Vazamento

O vazamento de fotos do corpo da cantora Marília Mendonça, morta em novembro de 2021, causou revolta entre fãs, amigos e familiares da sertaneja.

As imagens do laudo da necrópsia começaram a circular em aplicativos de conversas na quinta.

Ainda em vida, a cantora foi vítima de informações pessoais divulgadas ilegalmente: em 2019, a gravidez da cantora foi descoberta após um exame de sangue vazar.

“Dá medo até de morrer, porque as pessoas não respeitam nem esse momento e conhecemos casos parecidos”, diz trecho de uma das postagens. 

Foto: Reprodução/SBT

Morte de Marília Mendonça

A cantora Marília Mendonça morreu, aos 26 anos, no dia 5 de novembro de 2021 em um acidente de avião.

A cantora viajava para cumprir a agenda de shows quando a aeronave caiu em curso d’água próximo à rodovia BR-474, na cidade de Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, no Oeste de Minas Gerais.

Além da cantora, morreram no acidente o piloto, Geraldo Medeiros; o copiloto, Tarciso Viana; o produtor Henrique Ribeiro; e o tio e assessor de Marília, Abicieli Silveira Dias Filho.

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Crime

Quem divulga e compartilha fotos de vítimas de acidentes está cometendo vilipêndio.

Essa é uma palavra-chave quando se fala em crime por exposição de imagens de vítimas de acidentes.

O vilipêndio de cadáveres é considerado crime contra o respeito aos mortos, previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro.

De acordo com o Código Penal, a pessoa que expõe imagens de vítimas de acidentes pode ser detida por um a três anos, além de pagamento de multa.

No Amazonas, entrou em vigor nesta semana a Lei de nº 5.551, que proíbe o ato de fotografar, filmar, publicar em redes social ou praticar qualquer outro meio capaz de capturar, ou divulgar imagens que exponham pessoas acidentadas ou em situação vexatória ou vulnerável.