O tenente-coronel Mauro Cid respondeu todas as perguntas feitas pelos investigadores da Polícia Federal sobre caso das joias sauditas, nesta segunda-feira (22).

A investigação é conduzida pela superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Ele foi ouvido por videoconferência, já que está preso em Brasília.


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O depoimento estava previsto no dia em que ele foi preso preventivamente na Operação Venire, que apura supostas fraudes na carteira de vacinação dele, da família, e d Bolsonaro e parentes.

Cid foi interrogado pela segunda vez no inquérito. Ele já foi ouvido por cerca de três horas no início do mês passado.

Na época, o militar confirmou que recebeu um pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para tentar reaver as joias retidas pela Receita Federal.

Já Bolsonaro, também em depoimento, alegou que acionou seus auxiliares para evitar um suposto ‘vexame diplomático’ e que só ficou sabendo da existência das joias em 2022.

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Joias sauditas

O conjunto de colar, anel, par de brincos e relógio em ouro branco e diamantes da marca suíça Chopard, avaliado em R$ 16,5 milhões, foi um presente do regime da Arábia Saudita.

Outros dois kits, com relógio, caneta, terço islâmico e abotoaduras, também vieram a público.

Uma comitiva do Ministério das Minas e Energia tentou entrar com joias no Brasil sem declará-las.

A suspeita é que elas seriam destinadas a Bolsonaro, burlando a lei que obriga a restituição dos presentes ao acervo da União.

A investigação é conduzida pelo delegado Adalto Machado, da PF.