Eduardo da Silva Noronha, preso por cárcere privado em São Luís, começou a falar com a menina, de 12 anos, quando ela tinha apenas 10.

É o que revelou a Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (15).

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A menina foi encontrada trancada na quitinete do açougueiro nesta terça-feira (14), em São Luiz, no Maranhão.

Foram oito dias longe da família e pelo menos cinco sem poder sair da casa de Eduardo nem falar com ninguém.

“Nós estávamos receosos por ele até efetivamente matá-la, diante de todo um perfil de premeditação”, disse a delegada Elen Souto.

Troca de mensagens

A polícia encontrou no bate-papo do TikTok todo o histórico de dois anos de mensagens entre Eduardo e a vítima.

Nas conversas antigas, chamou atenção dos policiais, o fato de Eduardo falar para a menina que tinha planos de morar com ela.

Para a polícia, a conversa é outro indício de premeditação do crime.

O crime

Segundo as investigações, Eduardo buscou no dia 6 de março a menina de 12 anos na porta da escola dela, em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

E a levou, de carro por aplicativo, a um bairro periférico de São Luís, no Maranhão.

A criança sempre foi levada na escola pela mãe. Somente neste ano, começou a ir para as aulas sozinha.

Essa foi a brecha esperada para concretizar os planos do suspeito de levar a menina.

Ao chegar à quitinete e ficar trancada o dia inteiro, sem acesso à internet, percebeu que tinha sido sequestrada.

Pedido de socorro

Ao ser levada em uma loja para comprar roupas, ela conseguiu um wi-fi para entrar em sua outra rede social, o Instagram, para pedir ajuda para irmã.

Falou pouco, mas o suficiente para deixar apontar uma localização.

A partir da pista, policiais do Rio de Janeiro investigaram a região para tentar localizar quitinetes próximas à loja.

Com a ajuda da Polícia Civil do Maranhão, a menina foi localizada na terça-feira (14).

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Prisão em flagrante

Eduardo foi preso em flagrante, quando voltava do trabalho para a quitinete.

O suspeito está sendo investigado em um inquérito no Maranhão que apura sequestro, cárcere privado e estupro de vulnerável – quando se comete ato de natureza sexual com menor de 14 anos.