O candidato à presidência da Argentina, Javier Milei, acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “difundir medo” no país.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Em entrevista ao jornal La Nación, o libertário disse que rumores de que o preço das passagens no transporte público aumentariam substancialmente em um eventual governo com ele fazem parte de uma campanha negativa por parte de seu adversário, o ministro da Economia Sergio Massa.

“Na verdade, os aliados de Bolsonaro e alguns jornalistas do Brasil denunciaram que Lula está interferindo nesta campanha financiando parte dela, e dentro desse pacote há um grupo de consultores brasileiros que são os melhores especialistas em campanhas negativas e o que eles fazem é difundir medo da sociedade”, afirmou.

Segundo Milei, Massa estaria realizando um ataque às instituições.

“Utilizou recursos do Estado para fazer uma campanha negativa contra outros candidatos. Por outras palavras, isto tem uma enorme gravidade institucional”, disse.

RELACIONADAS

+ ‘Presidiário e comunista’: veja o que Milei já falou sobre Lula

+ Música de ‘sambista ácido’ é jingle do candidato Milei na Argentina

Milei x Lula

Javier Milei é um crítico contumaz do presidente brasileiro e apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Amigo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Milei já se referiu ao petista como “ladrão”, “comunista furioso” e “ex-presidiário”.

O episódio mais recente envolvendo os dois foi no começo de outubro.

Com o aval do governo brasileiro, a Argentina conseguiu um empréstimo bilionário junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), mesmo sem ter crédito.

Isso beneficia o candidato governista, Sergio Massa, principal adversário de Milei.

O candidato libertário acusou Lula de atuar contra a sua candidatura e o chamou de “comunista furioso”.

Ao conceder uma entrevista para o jornalista estadunidense Tucker Carlson, Milei disse que, se ganhar as eleições, não fará negócios com o Brasil ou com qualquer país que ele considerar “comunista”.

A possibilidade de vitória de Milei assombra o Planalto, porque pode ter impactos muito significativos nas relações comerciais do Brasil com a Argentina.