Autoridades investigam uma suposta ligação entre o militar do Exército Makson Oliveira, preso sob a suspeita de ter matado Fabiane Mendes, a outras mortes em Manaus.

A delegada Marília Campelo, que coordena o Núcleo de Combate ao Feminicídio, afirma que o suspeito já confessou duas mortes, em depoimento.

Uma dessas confissões é referente à morte da jovem Fabiane Mendes, de 20 anos, que, na data do crime, estava acompanhada do militar, de 21 anos.

O segundo crime confesso foi o de Angélica, que, aparentemente, possuia uma relação recorrente com o suspeito, segundo a coordenadora do núcleo.

Perfil das vítimas

O delegado Ricardo Cunha, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), afirma que as vítimas do militar tem um padrão.

Em ambos os casos, as vítimas eram mulheres que realizavam “encontros sexuais mediante pagamento”.

No ‘modus operandi’ do suspeito, este abordava as vítimas por meio de um aplicativo de mensagens, onde montava um perfil falso.

Para os encontros, o militar evitava usar o seu veículo próprio, recorrendo a carros por aplicativos de corridas.

Com as características das jovens e a forma como foram encontradas mortas, a polícia iniciou uma investigação para rastrear outras possíveis vítimas.

“Já temos investigações em andamento, com esse tipo de padrão de morte [por asfixia] aqui na delegacia, o que nos chamou a atenção deste ano estarem acontecendo muitas mortes com esse mesmo ‘modus operandi’ (…) Não vamos falar, nesse momento, de novas investigações, em andamento, com possíveis vítimas do Makson, para não gerar nenhum tipo de expectativa nas famílias, mas desde já a gente já adiante que pode sim ter novas vítimas”, disse.

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