Estreia nesta quarta-feira (25) a minissérie ‘Todo Dia a Mesma Noite’, que retrata o incêndio da boate Kiss.
O acidente, que aconteceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, causou 242 mortes e deixou mais de 600 feridos, em 2013.
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A dois dias de completar uma década da tragédia, a Netflix estreia a minissérie em seu catálogo de stream.
Inspirada no livro “Todo Dia a Mesma Noite”, de Daniela Arbex, a minissérie narra a história em cinco episódios de 40 minutos.
Dividindo opiniões, a minissérie relata os acontecimentos posteriores ao incêndio em uma narrativa ficcional.
A autora declara que usa da plataforma para dar voz ao caso e denunciar a lentidão do processo de Justiça no Brasil.
“Nosso papel, enquanto jornalistas e construtores de histórias, enquanto pessoas que trabalham no audiovisual, é exatamente mostrar o quanto é longo o caminho para a Justiça no Brasil. A última opção aqui é não dizer”, declarou ao UOL.
Opinião dos familiares
Em entrevista à Folha de S. Paulo, os familiares mostraram-se favoráveis às produções, que vão além da série da Netflix.
Marilene dos Santos, de 54 anos, perdeu sua filha e o genro no incêndio e opina que as produções em torno da tragédia servem como uma forma de informar.
Já Gabriel Rovadoschi Barros, presidente da associação de familiares e sobreviventes da tragédia, acredita que as produções são um alívio.
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Incêndio boate Kiss
Em 2013 um incêndio, de grandes proporções, atingiu a casa noturna boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
O incêndio iniciou na madrugada do dia 27 de janeiro, após o vocalista da banda, que se apresentava no local, usar artefatos pirotécnicos.
As faíscas do material atingiram o revestimento acústico e se espalharam pelo ambiente fechado.
A tragédia, decorrente de negligências, vitimou mais de 800 pessoas.
Após o incêndio, o local passou por investigações com a finalidade de identificar os fatores que levaram à tragédia.
A Universidade de Segurança Contra Incêndios destacou alguns fatores críticos de segurança na boate Kiss.
Além do material pirotécnico inadequado para ambientes fechados e a superlotação, a boate Kiss não havia estrutura preparada para incêndios.
O revestimento acústico da boate não possuía tratamento anti-chamas, os extintores de incêndio estavam sem troca, o número de saídas de emergência era inadequado, entre outros fatores.
Réus no processo
Atualmente há quatro réus no processo: dois sócios do local e dois integrantes da banda.
Em 2018, os réus foram encaminhados a julgamento popular pela 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No entanto, somente em dezembro de 2021 o júri popular foi realizado.
Neste processo os réus receberam penas de 18 a 22 anos e meio de prisão.
Em agosto do mesmo ano a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça anulou a condenação do júri.
Abaixo, assista ao trailer da série: