Em publicação no Diário Oficial da União (DOU), nesta quarta-feira (12), o Ministério da Justiça publicou um edital que libera R$ 150 milhões para ampliar rondas e criar ações para melhorar a segurança nas escolas, por meio do Programa Nacional de Segurança nas Escolas. 

O governo anunciou a medida depois do ataque a uma creche de Blumenau (SC), que deixou quatro crianças mortas, no dia 5 de abril.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

De acordo com o Ministério da Justiça, o objetivo da medida é fortalecer os órgãos de Segurança Pública para atuar nas escolas, com ações preventivas e patrulhamento, além de monitoramento e investigação de possíveis crimes, incluindo na internet.

Recurso liberado pelo Ministério da Justiça

Por meio do edital, o governo receberá projetos de secretarias de Segurança Pública de estados e municípios, que serão repassados pelo ministério para as propostas de ações de enfrentamento à violência que forem aprovadas.

A partir da próxima quinta-feira (13), os órgãos públicos poderão enviar propostas para o governo com as seguintes temáticas:

  • Criação, aprimoramento ou fortalecimento de Patrulhas e Rondas Escolares;
  • Capacitação e especialização na prevenção em segurança no ambiente escolar;
  • Pesquisa e diagnóstico na prevenção em segurança no ambiente escolar;
  • Monitoramento de ameaças, inteligência e enfrentamento aos crimes cibernéticos;
  • Ações educativas e culturais com foco em prevenção às violências observadas no ambiente escolar;
  • Estruturação de Observatórios de violência nas escolas.

Todas as propostas vão ser analisadas por uma comissão, que distribuirá notas para cada projeto de acordo com os critérios do edital.

O resultado dos projetos contemplados deve ser divulgado até o fim de maio.

Os municípios que tiverem propostas aprovadas pelo Ministério da Justiça receberão entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão.

Já os estados e o Distrito Federal receberão de R$ 500 mil a R$ 3 milhões.

Os recursos para bancar os projetos virão do Fundo Nacional de Segurança Pública.

RELACIONADAS

+ Polícia reforça segurança em escolas públicas e privadas de Roraima

+ Escola Segura: Justiça pede exclusão de 270 contas do Twitter

+ Ministério da Justiça lança programa para refugiados afrodescendentes

+ Polícia investiga onda de boatos sobre ameaças a escolas no RJ

Na última segunda-feira (10), Dino se reuniu com representantes de plataformas.

Durante o encontro, subiu o tom após o Twitter se recusar a remover uma postagem com fotos de autores de atentados em escolas.

Durante a reunião, o ministro disse que os termos de uso das redes sociais não estão acima da lei.

O Ministério da Justiça deve solicitar, nesta quarta-feira (12), que as plataformas derrubem perfis e hashtags que incitam crimes.

Segundo o ministro, se as empresas não atenderem ao pedido, passarão a ser investigadas.

Confira a publicação na íntegra, em que a MPF solicita ao Twitter explicações sobre a conduta acerca de conteúdos que incitem a violência e possíveis ataques a escolas.