Em busca de maior avanço das mulheres nos espaços de poder e decisão, o Ministério das Mulheres têm ampliado ações por mais mulheres na política. A Pasta firmou recentemente uma parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com intuito de investigar e analisar as políticas de enfrentamento a violência de gênero, raça e etnia na América Latina e Caribe.

A iniciativa contará com um investimento de R$ 199,4 mil e também têm o objetivo de identificar os mecanismos legais que possibilitam o avanço das mulheres nos espaços políticos, paridade de gênero, reserva de cadeiras e as diversas perseguições sofridas por mulheres na política.

Cida Gonçalves, ministra das Mulheres, concentra seus esforços na raiz do problema, a misoginia.

“Na arena política, as mulheres enfrentam a violência simplesmente por serem mulheres, a misoginia se expressa através da perseguição, discurso de ódio, ameaças de morte e feminicídios. Queremos, com esta pesquisa, identificar esses mecanismos para poder construir políticas efetivas de prevenção e enfrentamento”, explicou a ministra.

Uma vez identificadas as incidências e os padrões da violência política de gênero, será possível construir um guia orientador de modo que mulheres latino-americanas e caribenhas saibam como agir no enfrentamento a essa questão. Além disso, o guia será um importante auxílio na construção de políticas públicas que possibilitem uma maior amplitude da atuação das parlamentares nesses países.

Entre as ações previstas na parceria estão o levantamento de dados e o georreferenciamento da atuação das mulheres durante as disputas eleitorais.

Ainda em 2015, o Brasil junto a outros países assumiram o compromisso de acabar com qualquer forma de descriminação contra mulheres e meninas, através da agenda 2030. Mais de 190 estados membros das nações unidas assumiram o compromisso com a inclusão, igualdade de gênero e também empoderamento feminino.