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Em 10 dias, Ministério da Justiça recebe 7,4 mil denúncias de ameaças em escolas

Flávio Dino disse que postos de combustíveis podem sofrer punições se abusarem dos valores nas bombas - Foto: Isaac Amorim/MJSP Projeto de Lei

Flávio Dino disse que postos de combustíveis podem sofrer punições se abusarem dos valores nas bombas - Foto: Isaac Amorim/MJSP Projeto de Lei

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou, na manhã desta terça-feira (18), que desde o ataque na creche em Blumenau, Santa Catarina, que ocorreu em 5 de abril, o Ministério da Justiça recebeu 7.473 denúncias de ameaças em escolas nos últimos 10 dias.

Mais de 750 remoções ou suspensões de perfis em plataformas e redes sociais foram executadas no período.

Os números foram divulgados durante reunião no Palácio do Planalto com ministros, governadores e entidades nacionais de municípios para debater medidas de segurança em escolas.

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Dino destacou que 225 pessoas foram presas ou menores e crianças apreendidos, uma média de 20 indivíduos por dia. O ministro da Justiça trouxe outros dados sobre o combate dos ataques nas escolas.

Confira a lista: 

Dino ressaltou que nos últimos dois dias houve uma queda do número de denúncias. “No início, a média era de 400 denúncias por dia, depois passou para 1,7 mil denúncias por dia, depois reduziu e nos últimos dois dias caiu para 170 denúncias por dia”, disse. 

Propostas

O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou algumas propostas que serão realizadas para fortalecer a segurança nas escolas do país. Confira abaixo: 

Santana ressaltou que a responsabilidade e o compromisso para fortalecer a segurança na escola é de toda a comunidade. 

“Temos que envolver a igreja, a sociedade, as escolas privadas, as assembleias, ministério público, justiça estadual. Todos precisam se envolver para garantir a segurança das escolas no país, independente de questões políticas e partidárias. O que está em jogo é a vida de crianças”, afirmou o ministro. 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, destacou que é preciso uma regulamentação das redes sociais para evitar a instrumentalização das plataformas para incentivar ataques nas escolas. “O que não pode ser feito na vida real não pode ser feito no mundo virtual”, disse. 

Para o ministro, quatro pontos precisam ser seguidos:

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Medidas já tomadas

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, na última terça-feira (12), definiu propostas práticas para aumentar a segurança nas escolas. 

A primeira é o investimento de R$ 150 milhões no Programa Nacional de Segurança nas Escolas. O valor será destinado para estados e municípios que aderirem ao projeto. 

A quantia que tem origem no  Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) vai ser usada para financiamento de projetos estaduais e municipais para o fortalecimento de rondas especializadas ou outras ações no enfrentamento e prevenção de crimes em escolas e no entorno. O objetivo é investir em patrulhamento ostensivo. 

Já a segunda medida anunciada pelo ministro da Justiça é em relação à responsabilidade das redes sociais sobre postagens e perfis que incitam ódio e violência nas escolas. 

De acordo com o ministro, não se trata de regulação ampla dos serviços, mas de uma “regulação estrita e específica” para ameaças contra estudantes, crianças e adolescentes em escolas.

Segundo Dino, a portaria não viola o Marco Civil da internet e se apoia no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor. 

Série de ataques

No último dia 5 de abril, uma creche infantil foi atacada na cidade de Blumenau, em Santa Catarina. Cinco crianças foram assassinadas com golpes de machadinha por um homem que pulou o muro do centro educacional. 

Na semana anterior, em 27 de março, um estudante atacou uma professora e feriu outras três em uma escola de São Paulo. A educadora faleceu. 

Depois destes ataques, uma série de publicações, ameaças e notícias falsas foram publicadas nas redes sociais incitando a violência em escolas e universidades. Muitas postagens incitaram a violência em escolas e universidades no dia 20 de abril.

Participantes da reunião

Os líderes do Governo Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Jaques Wagner (PT-BA) e José Guimarães (PT-CE) participaram do encontro, além de prefeitos e governadores. Confira a lista dos presentes:

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