Nesta sexta-feira, 15, o anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi denunciado pela Segunda Promotoria de Justiça Criminal de São João de Meriti, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).

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A denúncia foi pelo crime de estupro de vulnerável, praticado contra uma mulher durante o parto dela no domingo, 10, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

De acordo com os promotores, o crime contra a mulher grávida representa “violação do dever inerente à profissão de médico anestesiologista”.

Como forma de preservar e resguardar a imagem da vítima, o MPRJ pediu sigilo no processo e a fixação de indenização em favor da mulher, em valor não inferior a 10 salários-mínimos. “Considerando os prejuízos de ordem moral a ela causados, em decorrência da conduta do denunciado”.

A denúncia destacou que após gravar o crime em um telefone celular, a equipe de enfermagem que participou do parto comunicou imediatamente os fatos à chefia do hospital, que acionou a Polícia Civil.

“No local, os policiais realizaram a prisão em flagrante do denunciado e o conduziram à distrital”, completou o MPRJ.

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No entendimento dos promotores, Giovanni Quintella Bezerra agiu de forma livre e consciente. “Com vontade de satisfazer a sua lascívia, praticou atos libidinosos diversos da conjunção carnal com a vítima, parturiente impossibilitada de oferecer resistência em razão da sedação anestésica ministrada”, apontou a denúncia.

Os promotores sustentam ainda que o denunciado “abusou da relação de confiança que a vítima mantinha com ele, posto que, se valendo da condição de médico anestesista, aproveitou-se da autoridade/poder que exercia sobre ela, ao aplicar-lhe substância de efeito sedativo”.

A delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, que está à frente das investigações, busca informações com mais de 30 mulheres que passaram por procedimentos em que o anestesista estava presente.

Ela quer saber se ele também utilizou sedação excessiva nas pacientes para praticar o mesmo crime.

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