Os Ministérios da Igualdade Racial, de Portos e Aeroportos, dos Direitos Humanos e Cidadania, e da Justiça acionaram a Polícia Federal nesta sexta-feira (24) para cobrar a apuração do caso de racismo envolvendo a empresa Dufry Brasil e a porta-bandeira da escola de samba Portela Vilma Nascimento, de 85 anos.

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O incidente ocorreu no dia 21 de novembro, no aeroporto de Brasília. Vilma tinha vindo à capital federal receber uma homenagem na Câmara dos Deputados pelo Dia da Consciência Negra. Após acusações de furto, a porta-bandeira teve que abrir a bolsa e retirar seus pertences na frente de uma fiscal de segurança para provar que não havia furtado nenhum item do estabelecimento. 

No ofício, os Ministérios afirmaram que “o episódio ocorrido com a passageira apresenta-se como prática irrazoável, desnecessária e com traços de discriminação racial, a ser repudiado pelas instituições democráticas”.

A comunicação à Polícia Federal também pede a investigação imediata do fato e a responsabilização dos envolvidos. Foi proposta uma reunião de representantes dos Ministérios com a corporação para a próxima semana, com o objetivo de debater medidas de prevenção a casos de racismo desta natureza.

Em janeiro deste ano, foi assinada pelo Presidente Lula (PT), e pelos ministros Anielle Franco (Igualdade Racial), Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Flávio Dino (Justiça) a Lei 14.532 que coloca a prática de injúria racial como uma modalidade do crime de racismo.

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