A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), Marina Silva, presta esclarecimentos nesta terça-feira (21) na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados, sobre medidas tomadas pelo MMA, em perseguição à agropecuária brasileira e aos produtores rurais do Brasil. 

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Parlamentares da região Norte cobram da ministra ações, respostas e contrapartidas do governo federal para a região, quanto ao desmatamento, agronegócio, estradas em desenvolvimento, migração, propriedade rural, emprego e renda, Amazônia Legal e queimadas.

O deputado Albuquerque (Republicanos-RR) criticou a criação e ampliação de reserva ecológica no estado, pelo governo federal junto a Pasta, deixando mais de 100 famílias da agricultura familiar “sem saber o que fazer”.

“O estado de Roraima não suporta mais. O estado que tem hoje mais de 75% de demarcações podendo trabalhar apenas 50% daquilo que resta, ou seja, todo o estado de Roraima tem apenas 12% para investir em agricultura, no agronegócio e na pecuária. Essa é a grande realidade do estado de Roraima”, disse o parlamentar.

Marina falou que em relação as unidades de conservação desde o início do ano há essa discussão com o governo do estado e parlamentares da bancada. “No perímetro da unidade de conservação foi feita a exceção da área em que essas família ocupam há muito tempo”.

O deputado Gabriel Mota (Republicanos-RR) pediu auxílio da ministra para mais de 1 milhão de imigrantes e venezuelanos que ocupam o estado entrando por Pacaraima. “O único hospital , referência do estado, HGR, tem dias em que 60% dos atendimentos são de venezuelanos. Não tem escola para o roraimenses em Roraima porque 40% estão ocupados por venezuelanos”.

Já o deputado Roberto Duarte (Republicanos-AC) questionou sobre a política da atual gestão “desmatamento zero”. “Hoje nós estamos lá sofrendo, seus queridos irmãos acreanos estão lá vivendo precariamente e nós precisamos saber o que fazer para desenvolver”.

O deputado Gerlen Diniz (PP-AC) solicitou a intervenção da ministra para os pequenos produtores, agricultores e pecuaristas da região norte que, “hoje encontram-se todos sem poder negociar em Boca do Acre os animais que tem e que não podem criar novos cadastros por decisões judiciais”.

Marina Silva não respondeu especificamente aos parlamentares porque teve que se ausentar.

Sobre as ações do prevfogo, a ministra disse que são práticas agropastoris ou florestais, onde o fogo é utilizado de forma controlada, e disse que atualmente há um contingente de 3.500 brigadistas espalhados pelos país e que houve um crescimento de 17% dos brigadistas no Ibama e 5% no Icmbio.

“Esse trabalho todo, em que pese o El Niño, em que pese as altas temperaturas altamente elevadas, em que pese o retardo do período chuvoso, nós tivemos uma diminuição de 14% nos focos de incêndio”, enfatizou.

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