Nesta quinta-feira, 28, quando foram julgadas ações de cassação contra a chapa vencedora em 2018, o ministro disse que houve disparos em massa de mensagens em redes sociais na campanha, prática proibida. Em recado ao presidente Jair Bolsonaro, disse que se houver disparo em massa de fake news nas eleições de 2022, os responsáveis serão cassados e “irão para a cadeia por atentar contra as eleições e a democracia”.

O magistrado é relator do inquérito das fake news no STF (Supremo Tribunal Federal) e será o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no pleito do ano que vem.

Moraes votou contra a cassação de Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão e justificou que o “lapso temporal pode ser impeditivo de uma condenação”, mas fez duras críticas ao chefe do Executivo e disse que a Justiça Eleitoral “não será pega de surpresa” em 2022.

“Nós podemos absolver aqui por falta de provas, mas sabemos o que ocorreu. Sabemos o que vem ocorrendo e não vamos permitir que isso ocorra. Não podemos criar um precedente: olha tudo que foi feito vamos passar o pano. Porque essas milícias digitais continuam se preparando para disseminar o ódio”, disse.

 

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Moraes citou ainda similaridades entre o modus operandi da militância bolsonarista e os apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Segundo ele, o mundo todo foi pego de surpresa por esquemas que se assemelham ao fascismo e visam enfraquecer a democracia.

Ele afirmou que a defesa de investigados no inquérito das fake news em curso no Supremo muitas vezes alegam que as notícias falsas circulam em grupos de aplicativos de mensagens compostos por “tias, avós, famílias”, mas que não é isso que ocorre.

O ministro também votou a favor de fixar uma tese de que o disparo em massa de fake news pelo WhatsApp pode ser enquadrado como abuso de poder político e como uso indevido dos meios de comunicação passíveis de cassação de mandato.

Veja o vídeo:

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