O ministro Floriano Azevedo Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou a favor da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro por oito anos.

O voto ocorreu durante o julgamento no TSE nesta quinta-feira (29).

Floriano acompanhou o relator Benedito Gonçalves para condenar Bolsonaro.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

O crime em questão envolve o abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Floriano defendeu que o vice na chapa de Bolsonaro, Braga Netto, deve ser absolvido.

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Corte, o ministro disse que “se o manejo da língua não é o forte”. Bolsonaro não deveria “se arvorar a discursar sobre um tem tão grave, diante de diplomatas estrangeiros, aviltando a pátria e constrangendo a República”.

O placar, até o momento, é de 2 a 1 para a condenação.

Nesta quinta-feira (29), o ministro Raul Araújo votou para absorver o ex-presidente.

Discordância entre ministros

Floriano discordou do ministro Raul, que não viu gravidade na conduta de Bolsonaro.

Ao contrário de Araújo, o ministro destacou que a configuração do ato abusivo deve considerar sua potencialidade, e não as consequências.

“Se a Justiça Eleitoral agiu bem, agiu rápido, e coibiu efeitos da tentativa, não é disso que estamos falando”, afirmou.

Para ele, a gravidade se dá em razão do “aviltamento da República à luz da comunidade internacional” por parte de um chefe de Estado que “deve se pautar pela soberania e defesa intransigente dos valores nacionais”.

RELACIONADAS

+ TSE retoma julgamento que pode levar à inelegibilidade de Bolsonaro

+ TSE: relator vota pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro

+ TSE nega pedido de defesa de Bolsonaro sobre minuta do golpe; entenda