Os ministros do governo Lula não cumpriram a ordem de intensificar as viagens pelo Brasil, mesmo após a cobrança do presidente durante a reunião ministerial de 15 de junho.

A presença dos ministros nos estados foi menor nos últimos 30 dias em comparação com as quatro semanas anteriores.

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Apesar disso, houve um aumento na dispersão geográfica das viagens dos ministros, com menos concentração no Sudeste e maior presença em outras regiões, como Sul, Norte e Centro-Oeste.

Um levantamento do Estadão, com base nas agendas disponíveis no site da CGU, mostrou que a cobrança de Lula não teve impacto significativo no número de viagens dos ministros.

Foram analisados os compromissos de 35 ministros, excluindo os chefes da CGU e da AGU.

Viagens dos ministros

Alguns ministros não realizaram viagens durante esse período, como Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

E o general Marcos Antônio Amaro dos Santos, chefe do GSI, cujas atribuições incluem a segurança do presidente.

Por outro lado, a ministra Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, foi a que mais viajou, realizando 13 viagens a 12 estados, principalmente para apresentar o Planejamento Plurianual Participativo.

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Apesar de não ter havido aumento no número total de viagens, houve uma distribuição mais equilibrada pelos estados, com menos foco no Sudeste e maior presença nas demais regiões.

Essa dispersão geográfica pode ser uma estratégia de Lula visando às eleições municipais do próximo ano, buscando fortalecer o PT em regiões onde o partido teve menos apoio.

No entanto, é importante considerar o momento atual e a racionalização dos gastos públicos.