O primeiro delator da Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa, morreu aos 68 anos neste sábado (13) no Rio de Janeiro.

Diretor de Abastecimento da Petrobras entre 2004 e 2012, ele sofria de câncer no pâncreas, segundo seu advogado, Cássio Quirino. 

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A Polícia Federal prendeu Costa em março de 2014, quando apurou que ele ganhou uma Land Rover do doleiro Alberto Youssef. O ex-diretor foi preso por tentativa de destruição de provas.

A sua prisão pôs a Petrobras no centro das investigações da Lava Jato.

Em agosto daquele ano, depois de ser detido outra vez, por revelação de contas na Suíça para receber propina, Costa aceitou acordo de delação premiada.

Paulo conseguiu, assim, se livrar da condenação de 70 anos de prisão.

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Em sua delação, ele informou que a Petrobras atendia a um cartel de empreiteiras em seus negócios, que envolviam pagamento de propina aos executivos da estatal e a partidos políticos, em especial o PT, o então-PMDB e o PP.

Além da delação, Paulo se comprometeu a devolver US$ 2,8 milhões de uma conta em nome de familiares nas Ilhas Cayman, e US$ 2,8 milhões em conta na Suíça.

O dinheiro no banco suíço foi, nas suas palavras, “integralmente, produto de atividade criminosa”.

Costa ainda garantiu à PF que pagaria mais R$ 5 milhões de indenização cível e abdicaria de bens dentre os quais uma lancha e um terreno.

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