Os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips, na região do Vale do Javari, no Amazonas, completam um mês nesta terça-feira, 5.

Depois de 30 dias, entre buscas e investigações, sobram perguntas no quebra-cabeça do crime que chocou o Brasil e o mundo.

Ainda não há certeza de que as mortes teriam sido encomendadas e por qual motivo.

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Investigados

Até aqui, três suspeitos estão presos pelo envolvimento no duplo homicídio. Outras cinco pessoas são investigadas pela ocultação dos corpos.

Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, é o principal suspeito apontado como o que comandou as mortes.

Oseney da Costa de Oliveira também está preso temporariamente desde 14 de junho.

Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, é o terceiro suspeito detido.

Foto: Divulgação – Da esq. para dir., Amarildo, Oseney e Jefferson são os três suspeitos presos

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Expedição sem fim

Motivada por um novo livro do jornalista inglês, a expedição de Bruno e Dom no Vale do Javari teve início no dia 1º de junho.

A dupla foi vista pela última vez na comunidade São Rafael, quando realizavam últimas atividades antes de concluírem a programação.

Voltando para Atalaia do Norte, eles não chegaram ao destino em um dia de domingo.

As buscas iniciaram e resultaram na prisão de suspeitos e localização dos corpos em área dentro da floresta.

Região quase abandonada

O crime retrata a realidade da região que vivencia disputas entre índios isolados e criminosos ambientais.

Com pouca estrutura na região, a vigilância da área requer investimento e novas ações.

A Procuradoria Geral da República (PGR) cobra melhorias no lugar.

Até a condenação da União já foi solicitada. Defensoria Píblica da União (DPU) e Ministério Público Federal (MPF) querem que a União seja condenada em R$ 50 milhões por danos morais coletivos por desestruturação da Funai.

A proposta é reverter o valor da possível condenação aos povos isoladas do Vale do Javari.

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