Motoboys do Acre dirigiram-se à Assembleia Legislativa na terça-feira (26), em busca de apoio dos deputados para combater a Proposta de Lei Complementar (PLP) 12/2024, que propõe alterações na dinâmica de trabalho entre entregadores e plataformas de entrega.

A proposta, apresentada pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem como objetivo assegurar melhores condições de trabalho para os colaboradores das plataformas. Contudo, a iniciativa não tem recebido a adesão unânime dos motoboys.

Os motociclistas destacam que o valor mínimo estipulado na proposta está aquém do necessário para cobrir todas as despesas e custos operacionais. Há também a preocupação de que as plataformas possam ajustar os ganhos dos trabalhadores para se adequar apenas ao valor mínimo estabelecido pelo governo federal.

De acordo com a startup StopClub, que fornece ferramentas para motoristas de aplicativo, o valor médio recebido pelos motoristas já se encontra próximo ao mínimo proposto. Além disso, a plataforma ressalta que o custo médio diário de um motorista é de aproximadamente R$ 150,58, equivalente a R$ 16,13 por hora de trabalho.

No entanto, os motoboys expressaram sua discordância em relação à proposta.

“Nós motoboys não estamos de acordo e seria racional dizer que é impossível exercer a profissão por esse valor sendo autônomo”, afirmou o líder do grupo.

Ele ressaltou que, sob a regulamentação proposta, os motoboys teriam que ficar muito mais tempo na rua para atingir o valor mínimo, em comparação com o tempo atualmente necessário.

Os motoboys enfatizaram que desejam manter sua liberdade como autônomos e ter a capacidade de estabelecer seus próprios horários e jornadas de trabalho, sem intervenção excessiva do estado.

A busca pelo apoio dos deputados estaduais reflete a preocupação da categoria em manter suas condições de trabalho e autonomia frente às mudanças propostas.

*Contribuiu com essa matéria o portal Alerta Cidade