O Ministério Público Federal (MPF) pediu, nesta quarta-feira (3), a condenação do influenciador Júlio Cocielo por conduta racista.

A acusação vem após o MPF identificar 9 vezes onde Cocielo teria demonstrado preconceito racial, por meio de suas redes sociais.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

As publicações foram feitas entre 2011 e 2018 quando, durante a Copa do Mundo, Cocielo fez uma postagem direcionada ao jogador Mbappé.

“Conseguiria fazer uns ‘arrastão’ top na praia, hein”, escreveu o influenciador.

RELACIONADAS

+ Jojo Todynho acusa mulher de racismo durante passeio em Fortaleza

+ Médico que acorrentou trabalhador é condenado por racismo: ‘minha senzala’

+ VÍDEO: professora é denunciada por racismo após ataque a motoboy no Acre

Publicações de Cocielo

Sobre o caso MPF disse que “o réu, sem qualquer sutileza, reforça estereótipos da população negra – miseráveis, bandidos e macacos – não havendo abertura, em seu discurso, que permita entrever alguma forma de sátira (…) Não é humor; é escárnio”.

Dentre a 9 publicações analisadas, uma delas falava sobre “frescura com piadas racistas”.

“O Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas, mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”, escreveu Cocielo.

“Nada contra os negros, tirando a melanina…”, foi outra publicação citada no processo.

Na época, após as postagens repercutirem, o influenciador chegou a apagar cerca de 50 mil comentários no seu perfil do X, antigo Twitter.

Além disso, fez uma nova publicação pedindo desculpas: “Sem querer, espalhei ódio”.