O Ministério Público Federal (MPF) pediu com urgência à Polícia Federal e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) informações sobre medidas para combater novos avanços de mineração ilegal em território indígena Munduruku, no sudoeste do Pará.
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No mês de outubro deste ano, o MPF já havia reforçado à Justiça para que a União, o Ibama e a Fundação Nacional do Índio (Funai) fossem obrigados a promover uma ação emergencial para conter novas frentes da atividade ilegal.
Segundo o MPF, os novos avanços de mineração ilegal têm sido registrados desde setembro, especialmente em trechos de rios próximos às aldeias dos mundurukus, de acordo com registros feitos pelos próprios indígenas e por pesquisadores.
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O MPF apontou à Justiça que “registros como os que mostram as águas completamente barrentas, poluídas pelo despejo de rejeitos do garimpo ilegal, e crianças nesse meio, são indicativos do cenário dantesco vivenciado pelos Munduruku”.
Além disso, por meio de drones, pesquisadores filmaram uma área de 15 mil metros quadrados sendo preparada para a expansão da atividade garimpeira.
O garimpo ilegal ameaça a sobrevivência dos açaizais e das matas, a qualidade das águas, a fauna e a flora em geral, componentes da base alimentar e económica dos Munduruku, de acordo com relatos feitos pelos indígenas ao MPF.
As lideranças indígenas ainda relataram ao órgão que têm sofrido ameaças por parte dos garimpeiros, em especial, o cacique Arnaldo Kaba Munduruku.