O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, afirmou que não será permitido “em hipótese nenhuma” a invasão da Guiana pela Venezuela via território brasileiro. A declaração foi dada a jornalistas, em almoço realizado nesta segunda-feira (11), na sede da Marinha, em Brasília.

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Maduro venceu um plebiscito que reconheceu a região guianesa de Essequibo como pertencente à Venezuela, e desde então  tem ameaçado o país vizinho de invasão para tomar uma área de 160 mil km². No entanto, dadas as características geográficas, o exército venezuelano teria de passar por território brasileiro, em Roraima, para chegar à Guiana.

“Eles chegarão à Guiana passando — se passasse — por território brasileiro, o que nós não vamos permitir em hipótese nenhuma”, disse Múcio. O ministro ainda classificou como “insensatez” e uma “manobra política” do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a ameaça de invasão à região do país vizinho. 

Na quinta-feira (14), os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e Guiana, Irfaan Ali, irão se reunir para tratar sobre a disputa pela região de Essequibo.  O presidente Lula (PT), convidado a participar da reunião, escalou o ex-chanceler e assessor da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, para representá-lo no encontro.

No sábado (9), Lula falou por telefone com Nicolás Maduro e durante a conversa, ressaltou a importância diálogo na América Latina e transmitiu preocupação dos países da América do Sul sobre a questão do Essequibo.

Após conversar com Lula, Maduro escreveu nas redes sociais: “Optamos pelo diálogo direto com a Guiana, mas as suas autoridades revogaram o Acordo de Genebra e começaram a dividir o nosso mar, ameaçando construir uma base militar para o Comando Sul dos EUA”.

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