Maria das Graças Andrade Lopes, de 33 anos, irá ser julgada pelo morte do seu marido, o Sargento da Polícia Militar do Amazonas, Salim de Alencar, de 48 anos, nesta quarta-feira, 25, durante o mutirão do Júri da 1.ª Vara da comarca de Coari, a 363 quilômetros de Manaus.

As sentenças estão ocorrendo na sede da Câmara Municipal de Coari, localizada na Travessa Mota, n.º 192, Centro da cidade.

De acordo com o Promotor de Justiça do Ministério Público do Amazonas (MPAM), Rafael Del Castilho da Fonseca trata-se de um caso muito raro de homicídio passional cometido por uma mulher em suposta situação de caso extraconjugal do falecido marido.

“O crime ocorreu em maio de 2018. O sargento foi flagrado pela esposa quando chegava a um hotel acompanhado de outra mulher. A esposa sacou a arma que o sargento portava e atingiu a vítima no pescoço”, comentou.

 

Crime

O Sargento da PM, Salim de Alencar, de 48 anos, foi visto enfrente do Hotel El Shaday acompanhdo por uma mulher, que não teve o nome e idade revelada, por volta das 16h do dia 25 de maio de 2018.

Maria das Graças Andrade Lopes, que na época tinha 30 anos, viu a cena e começou uma discursão com ele. Ela conseguiu pegar a arma do Sargento e o agrediu na cabeça com arma.

Ele foi atingido com um disparo no pescoço. O sargento chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. 

 

Mutirão do Júri

O Mutirão do Júri tem o objetivo de diminuir o passivo de cerca de 50 processos acumulados na pauta do Tribunal Popular, devido à pandemia de Covid-19,e vem sendo realizado desde o último dia 17 e se estenderá até a quinta-feira, 26, das 9h às 18h.

O Mutirão busca a aplicação da Justiça, a responsabilização de quem for considerado culpado, o que resulta na prevenção de crimes de um modo geral e a prevenção específica em relação ao réu ou condenado, promovendo pacificação social através de decisões emitidas pelos próprios cidadãos, evitando, assim, que a população promova a vingança privada.

“O MP, ao ocupar seu espaço na atribuição clássica do Tribunal do Júri, ajuda a pacificar a sociedade, na medida em que dá resposta adequada aos crimes contra a vida e reduz o acervo de processos acumulados”, afirmou o Promotor de Justiça Rafael del Castillo da Fonseca, titular da 1ª Promotoria de Coari.