No Brasil, a cada quatro horas, uma mulher é vítima de violência em sete estados brasileiro. É o que revela dados do boletim Elas vivem.

A Rede de Observatórios da Segurança divulgou os dados na segunda-feira (6).

O país registrou 2.423 casos de violência contra a mulher em 2022, 495 deles feminicídios.

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Essa foi a terceira edição da pesquisa feita em sete estados:

  • Bahia;
  • Ceará;
  • Pernambuco;
  • São Paulo;
  • Rio de Janeiro;
  • Maranhão;
  • E Piauí.

Maranhão e Piauí foram monitorados pela primeira vez.

São Paulo e Rio de Janeiro têm os números mais preocupantes, concentrando quase 60% do total de casos.

Mulher é vítima de violência

Os dados são produzidos a partir de monitoramento diário do que circula nos meios de comunicação e nas redes sociais sobre violência e segurança.

As informações coletadas alimentam um banco de dados que posteriormente é revisado e consolidado pela rede.

O estado de São Paulo registrou 898 casos de violência, sendo um a cada 10 horas.

Enquanto o Rio de Janeiro teve uma alta de 45% de casos, com uma mulher vítima de violência a cada 17 horas.

Além disso, os casos de violência sexual praticamente dobraram, passando de 39 para 75 no Rio de Janeiro.

A Bahia mostrou aumento de 58% de casos de violência, com ao menos um por dia, e lidera o feminicídio no Nordeste, com 91 ocorrências.

O Maranhão é o segundo da região em casos de agressões e tentativas de feminicídio.

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Já Pernambuco lidera em violência contra a mulher e o Ceará deixou de liderar nos números de transfeminicídio, mas teve alta nos casos de violência sexual.

O Piauí registrou 48 casos de feminicídio.

A maior parte dos registros nos estados que fazem parte do monitoramento tem como autor da violência companheiros e ex-companheiros das vítimas

São eles os responsáveis por 75% dos casos de feminicídio, tendo como principais motivações brigas e términos de relacionamento.