Com o aprofundamento da crise humanitária no Afeganistão, a fome levou algumas famílias a tomar decisões dolorosas, especialmente com a aproximação do inverno violento.

Desde a tomada do poder pelo Talibã, histórias de muitas meninas têm aumentado. E a história é a venda delas para um estranho como noiva.

Mas seus pais dizem que não têm escolha.

Família que viveram em um campo de refugiados afegãos na província de Badghis, no noroeste do país, sobreviveram com ajuda humanitária e trabalho braçal, ganhando alguns dólares por dia.

Mas a vida só ficou mais difícil desde que o Talibã assumiu o poder no Afeganistão em 15 de agosto.

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À medida que a ajuda internacional seca e a economia do país entra em colapso, a família não consegue mais pagar necessidades básicas como comida. E o futuro de muitas meninas se repete, em uma venda atrás da outra.

“Dia a dia, aumenta o número de famílias que vendem seus filhos”, relatou Mohammad Naiem Nazem a imprensa local. “Falta comida, falta trabalho e as famílias sentem que têm que fazer isso”.

Um outro pai, Abdul Malik, não consegue dormir à noite. Pouco antes de concluir a venda, ele relatou que está ‘destruído’ pela culpa, vergonha e preocupação.

Embora casar crianças com menos de 15 anos seja ilegal em todo o país, esta é uma prática comum há anos, especialmente nas partes mais rurais do Afeganistão.

Desde agosto, os casos só aumentaram, impulsionados pela fome e desespero generalizados.

Mais da metade da população enfrenta insegurança alimentar aguda, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado esta semana.

E mais de 3 milhões de crianças menores de 5 anos enfrentarão uma desnutrição aguda nos próximos meses. Ao mesmo tempo, os preços dos alimentos estão disparando, os bancos estão ficando sem dinheiro e os trabalhadores sem salários.

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