Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), afirmou durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que não houve negligência de sua parte na contenção das manifestações do 7 de setembro.

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Na época, os protestos foram organizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorreram 2021 e 2022, e já havia uma suposta intensão golpista.

“Houve a quebra da barreira na alça leste, mas nós nos reorganizamos com a Polícia Militar e fizemos a nova barreira na altura da Avenida das Bandeiras, de onde os manifestantes não passaram, em nenhum momento, durante os sete dias que eles permaneceram na Esplanada”, relatou Naime.

O militar explicou a relatora Eliziane Gama (PSD-MA), que por uma questão de hierarquia, nem todas as informações são repassadas ao DOP.

“Esses relatórios são passados aos órgãos que têm necessidade de conhecer, então não significa necessariamente que todo relatório seja passado ao comandante-geral do DOP”, disse, ao negar ter tido acesso prévio a essas informações.

Naime muda de ideia

O coronel foi convocado para depor na condição de testemunha, mas apresentou um atestado médico para justificar sua ausência na sessão marcada para esta segunda-feira (26), mas Naime mudou de ideia e foi à reunião.

Em resposta a defesa de Naime, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o coronel prestasse depoimento.

A defesa havia alegado problemas psicológicos do militar.

Questionado sobre a justificativa da mudança, Naime disse que compareceu “espontaneamente, mesmo não estando na melhor performance emocional que poderia estar”.

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O militar está preso desde fevereiro e é investigado no Supremo no inquérito sobre possível omissão de agentes de segurança pública diante dos atentados de 8 de janeiro.

Assista ao vídeo da CPMI: