Apesar da seca histórica, não há risco de desabastecimento de energia no Amazonas. É o que garantiu, nesta terça-feira (10), o diretor da Amazonas Energia, Radyr Gomes.
Ele detalhou que há estoque de diesel, de até dois meses, para o funcionamento das termoelétricas que geram energia para o estado.
“Não há o risco desabastecimento do diesel das termoelétricas, 75% do nosso consumidor não depende do abastecimento fluvial para ter sua energia. Nós já temos cidades interligadas ao Sistema Nacional”, enfatizou.
Segundo o diretor, toda a região de fronteira está abastecida até janeiro de 2024.
“Nós estamos abastecidos na grande maioria das usinas que dependem de transporte fluvial para garantir dois meses de abastecimento”, declarou.
O representante da Amazonas Energia ainda salienta que “nenhum prefeito o procurou” para discutir sobre falta de abastecimento.
“Os prefeitos que tiverem com alguma dificuldade que nos procure. Aqui é o ponto de ter as informações necessárias para saber a situação do seu município”, comentou.
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Entretanto, o diretor cita áreas isoladas em que a concessionária não está conseguindo entregar fatura. Segundo ele, são 5.012 famílias nessa situação em vários municípios.
Essas famílias, segundo Radyr, não serão prejudicadas devido à situação atual e terão um período até que a concessionária consiga alcançá-las para entrega de conta de energia.
A concessionária também revelou que na segunda-feira (9) foi batido o recorde de consumo de energia na Região Metropolitana de Manaus.
“Foram 1.742 MW de consumo na noite de segunda às 21h47”, detalhou Raydir Gomes.
Abastecimento das termoelétricas
Mensalmente, a Amazonas Energia abastece as termoelétricas das localidades de Auxiliadora, Axinim, Sucunduri, Itapiranga, Rio Preto da Eva, Silves, Camaruã e Jacaré com até 3.519.000 litros de diesel, quantidade suficiente para gerar energia durante esse período e atender a população.
O município de Benjamin Constant foi o primeiro a ser afetado pela estiagem e vazante extrema dos rios Javari e Solimões.
Agora, o percurso que antes era feito em 20 dias está sendo concluído em até um mês.
Com isso, as balsas da Amazonas Energia, que levam o combustível para manter a termoelétrica em funcionamento, estão demorando mais para chegar com o insumo.
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