A neta de Carlos Marighella, Maria Marighella, foi nomeada presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), nesta terça-feira (7).
A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União e assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
+ Envie esta notícia no seu WhatsApp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
Maria Marighella é vereadora de Salvador, atriz e produtora cultural. O convite para assumir a direção da Funarte foi feito pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, em janeiro.
“É uma grande responsabilidade ser a primeira mulher nordestina a ocupar esta presidência. Refundaremos também a Funarte com a força da cultura de todo o Brasil”, afirmou Maria nas redes sociais.
Antes, quem estava no cargo até a nomeação de Maria Marighella era a presidente interina Eulícia Esteves.
Planos para a Funarte
Segundo a nova presidente da Funarte, um dos seus principais objetivos é retomar a construção e a implantação da Política Nacional das Artes.
De acordo com Maria, houve uma interrupção da valorização da cultura depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.
A gestora foi coordenadora de teatro da Funarte, exonerada em 2016, depois do afastamento de Rousseff.
Agora, a presidente da Funarte ressaltou que vai atuar ao lado da ministra da Cultura.
“Reconstruiremos e implementaremos a política nacional das artes, garantindo que a cultura, direito de um povo, seja parte fundamental do Brasil que faremos”, disse.
Em suas redes sociais, Maria Marighella destacou que quer construir “políticas robustas para as artes”.
RELACIONADAS
+ Corpo de Dança do Amazonas é contemplado com prêmio nacional
+ Espetáculo do Corpo de Dança do Amazonas é selecionado em edital da Funarte
Carlos Marighella
Político e guerrilheiro comunista, Carlos Marighella chegou a ser considerado o inimigo “número um” da ditadura militar (1964-1985).
O baiano fundou o grupo armado de combate à ditadura Ação Libertadora Nacional e, em 1969, foi assassinado por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (Dops).
Em 2019, o filme Marighella, dirigo pelo ator Wagner Moura, era para ter sido lançado no Dia da Consciência Negra. No entanto, sofreu boicote durante o primeiro ano do governo de Bolsonaro.
Durante a gestão do ex-presidente, cerca de sete homens passaram pela diretoria da Funarte.