Com exceção do Rio Madeira, todas as calhas do Amazonas têm registrado índices superiores à marca histórica. Caso os números continuem altos, a previsão é que, no ano de 2022, todos os municípios do estado sejam atingidos pela cheia dos rios.

O alerta foi feito, nesta segunda-feira, 27, pelo governador Wilson Lima (PSC) durante a apresentação do plano de ação para a Operação Enchente 2022.

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O plano observa dados de monitoramento hidroclimatológicos que apontam risco de enchente dos rios acima da normalidade, no ano que vem.

O titular da Defesa Civil do Amazonas, coronel Francisco Máximo, destacou a ação integrada entre os órgãos estaduais para minimizar o impacto da cheia na vida da população.

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Fenômeno

Os altos níveis dos rios do Amazonas são resultado do fenômeno La Niña, um resfriamento no Oceano Pacífico que altera a circulação e potencializa as chuvas na Região Amazônica.

“Ultimamente, os eventos extremos têm sido cada vez mais expressivos, tanto as cheias históricas quanto as secas. A exemplo disso, nós tivemos essa cheia de 2021, e o condicionante para que ela acontecesse é idêntico ao de agora”, pontuou Patrícia Guimarães, meteorologista da Defesa Civil.

Além do La Niña, a especialista também ressalta o aquecimento do Atlântico Sul tropical como responsável pelas chuvas na região. “Ele funciona como uma esteira transportando umidade para a Amazônia, ou seja, mais chuva ainda. Esse é o cenário que a gente se encontra e que vai perdurar até fevereiro”, acrescentou a meteorologista.

Índices

Na calha do Rio Negro, onde a maior cheia já resgistrada foi neste ano, o nível está 2,88 metros acima do que estava no mesmo período do ano passado.

Em 24 de dezembro de 2020, o rio estava com 20,29 metros de profundidade.

No mesmo dia deste mês, chegou a 23,27 metros. Os indicadores têm como referência o município de Manaus.

Além do Rio Negro, o monitoramento do nível dos rios das calhas nas estações dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos aponta níveis atípicos, acima do esperado para a época.

Se as previsões se confirmarem, os primeiros municípios serão atingidos entre a segunda quinzena de janeiro e a primeira metade de fevereiro.

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