O Amazonas registrou 2 mortes e 2.287 casos de dengue de janeiro até 15 de março deste ano. A capital lidera notificações da doença com 632 infectados.

No interior, Tapauá, a 448 Km de Manaus, é o município com mais casos, 209 casos. Depois, Envira aparece com 189 registros, e Tefé, com 186.

Os dados são da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) e constam no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e no Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica (Sivep), ambos do Ministério da Saúde.

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Dados

2022: Foram registrados 2.287 casos. Desse total, 632 em Manaus.

2021: Foram registrados 14.907 casos. Em Manaus, os registros chegaram a 5.708 infectados;

A maioria dos casos foi registrada na faixa etária de 20 a 34 anos, cerca de 547 infectados.

Idosos acima de 80 anos foram a faixa etária com menos casos registrados no estado, cerca de 17.

Mais de 50% dos casos, 1.169, foram em mulheres. Bebês com menos de um ano, foram uma das faixas etárias com menor número de casos, 63.

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Sintomas e tratamento

Os sinais de infecção de dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele.

Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.

A doença é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, que também transmite zika vírus e chikungunya.

Os sinais de infecção pelo zika vírus e chikungunya são parecidos com os sintomas de dengue, e começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito.

O médico infectologista, Marcus Lacerda, alerta que a dengue é uma doença que pode levar a morte.

“Dengue grave é sinal de diagnóstico tardio porque não se está pensando na doença na hora do diagnóstico. A dengue em casos graves pode matar”, revelou o médico.

Para o infectologista, é muito importante o treinamento de profissionais para que não ocorra um diagnóstico tardio.

“O número de mortes é maior do que nos anos anteriores, por isso a necessidade de alerta e treinamento dos profissionais”, alerta.

O diagnóstico é feito através de avaliação clínica e exame de sangue.

“Todas as doenças são semelhantes clinicamente. É preciso avaliação médica e exames de laboratório para diferenciar”, comentou.

Não existe tratamento específico para a dengue, é feita somente a medicação para aliviar os sintomas.

“Em caso de suspeita é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico. E no caso do dengue grave, a internação com infusão de líquidos é o que salva a vida do paciente”, disse. 

Prevenção

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possível criadouro, como em vasos de plantas, latões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

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