O secretário da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas, Marcellus Campêlo, concedeu entrevista ao Portal Norte no último dia 26 de janeiro.
Ele participou do quadro Norte Entrevista, conteúdo que aborda diferentes assuntos, com a presença de autoridades, famosos e anônimos.
Durante a participação, o secretário comentou sobre o novo programa habitacional do estado, o “Amazonas Meu Lar”, detalhando quem são os beneficiários e como o financiamento irá funcionar.
A grande procura por unidades habitacionais já levou à inscrição de 162 mil interessados em mais de 20 mil imóveis disponíveis no programa.
Além disso, Campêlo também falou sobre futuros projetos da UGPE, como a erradicação dos lixões nos municípios do Amazonas e o incentivo ao turismo sustentável.
Programa Amazonas Meu Lar
Criado pelo Governo do Amazonas, o objetivo do programa é oferecer unidades habitacionais para famílias em situação de vulnerabilidade social e impulsionar o mercado imobiliário.
Segundo a UGPE, serão 24.044 soluções de moradia, sendo 22.043 unidades habitacionais disponibilizadas em parceria com o Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
Veja a entrevista:
Destaques
Critérios para atendimento no Amazonas Meu Lar
“Existem critérios de prioridades, por exemplo, 162 mil famílias se cadastraram, mas só temos 20 mil unidades novas. Como a gente vai selecionar essas famílias? Critérios de prioridade. Se a pessoa é idosa, se a pessoa é PCD, se a pessoa é mãe com filhos, quantidade de filhos, é mãe solteira, chefe do lar, são vários critérios que vão fazer um ranking de pontuação”.
Déficit habitacional
“[Cerca de] 162 mil famílias de pessoas se pré-inscreveram. Essa quantidade já nos dá uma quantidade suficiente para os primeiros atendimentos, porque o governo, nos próximos três anos, vai ofertar 24 mil soluções. Então, isso corresponde aproximadamente a 20% das pessoas que foram pré-cadastradas. O déficit habitacional do Estado, principalmente de Manaus, é muito alto e o Programa Amazonas Meu Lar vem dar o início de mitigar esse déficit”.
Apoio além da moradia
“Normalmente, as áreas sociais dos nossos programas têm um acompanhamento das famílias, principalmente as famílias mais vulneráveis. Por exemplo, nos programas específicos como Prosamin e Prosai, as nossas equipes da área social acompanham a família por, pelo menos, dois anos. Oferecemos cursos de capacitação para que elas possam se capacitar e trabalhar, e gerar renda para essa família morar nessa área”.
Impactos na sociedade
Saúde
“É um impacto muito positivo. Primeiro, nós tiramos a população em áreas de risco. Temos muita gente morando em áreas de risco, áreas insalubres, sujeitos à doenças. Quando você tira uma população dessas áreas e coloca num lugar seguro, automaticamente os índices de saúde já melhoram”.
Economia
“Também há um impacto positivo na economia. O mercado da construção civil vai ser muito aquecido com o programa Amazonas de Meu Lar, com geração de emprego ‘na veia’. Isso vai fazer com que a economia circule. Nós estimamos muitos empregos gerados, 15 mil empregos, pelo menos, diretos e indiretos”.
Habitação e invasões
“[Há] um impacto positivo muito grande, além de diminuir o déficit habitacional do Estado e também tirar pressão das invasões que sempre nós temos combatido, porque a população, muitos deles, acabam querendo invadir uma área pública ou particular, porque quer construir uma casa. Quando você oferta a casa, você baixa essa pressão por invasão e começa a ter um ordenamento urbano das cidades”.
Projetos futuros
“De projetos futuros, nós estamos desenhando um programa estadual de erradicação dos lixões do interior do Amazonas, nós vamos começar com dois pilotos em Nhamundá, o primeiro piloto, e também em Novo Airão, o piloto.
Nós estamos desenvolvendo também toda a área de saneamento, o marco legal do saneamento do estado do Amazonas, revisando toda a parte legal para poder fazer com que o saneamento, principalmente no interior do Amazonas, consiga dar um avanço e cumprir com o marco legal do saneamento que nós temos até 2033 para poder universalizar a oferta de água e esgoto nas cidades”
Lixões
“Nós sabemos que, dos 61 municípios do interior do Amazonas, 100% têm problemas com lixões. Lixões colocados em lugares abertos, em lugares sem nenhum tipo de tratamento, e que causam dano ao meio ambiente e à saúde da população.
Então, ciente disso e como a política de saneamento está conosco agora, nós vamos criar, estamos finalizando o lançamento de um programa de erradicação de lixões”.