O senador Márcio Bittar (União-AC) disse em entrevista ao Norte Entrevista que os países estrangeiros que financiam as ONGs ambientais na Amazônia desencadearam uma “guerra econômica descarada” e que a verba, destinada às comunidades, tem “qualquer outro interesse, menos o ambiental”.
“Quem financia esses movimentos na Amazônia não faz por questão ambiental e muito menos está preocupado com os 28 milhões de seres humanos que habitam a Amazônia. É uma guerra econômica. E ela é descarada”.
O senador foi o relator da CPI das ONGs, no Senado Federal, e mesmo após a entrega do relatório final disse que a luta vai continuar em relação a atuação das Organizações que, segundo ele, recebem recursos, mas impedem o desenvolvimento das comunidades.
Isso porque, segundo Bittar, os financiadores querem manter a miséria nas comunidades e não quererem concorrentes na exploração de riquezas da região.
“O Canadá banca ONGs que trabalham contra o Brasil tirar potássio porque ele vende potássio para o Brasil; os EUA financiam ONGs no Brasil que trabalham com lobbies no Congresso há décadas, criando todo tipo de embaraço e problema para o nosso agronegócio, como por exemplo, retardar, criando um monte de burocracia os novos inseticidas”.
“Não é preocupado com o nosso agronegócio, ao contrário, eles são concorrentes nossos. Quanto mais o agronegócio norte americano nos atrapalhar, no mesmo ramo, melhor para eles”.
Bittar criticou a Noruega e lamentou o fato do Brasil não poder explorar as riquezas para combater a fome.
“ A Noruega vive de petróleo e gás e isso é uma hipocrisia gritante. Ela não só vive de petróleo e gás como autorizou a mineração no fundo do oceano. Mas ela banca ONG no Brasil para trabalhar contra a exploração de petróleo e gás em uma guerra econômica. Ela não quer concorrente”.
“Nós não pudemos fazer mineração em terra indígena, os índios passam fome, Yanomami é uma reserva maior que Portugal e continua gente morrendo de fome e não pode fazer a prospecção mineral”.
“ A Inglaterra que em plena semana do meio ambiente em Nova York anunciou, no ano passado, 100 novas perfurações de petróleo, além disso na semana do meio ambiente em Nova York um ministro inglês anuncia que a Inglaterra não vai cumprir os acordos feitos nas COPs, que ela própria participa e quer”.
Bittar relembra que a Inglaterra mandou 100 novas autorizações de perfuração de petróleo e o ministro disse que eles não cumpririam porque teriam que fazer uma redução da atividade econômica e o povo inglês.
O senador disse que ministro inglês alegou que “não pagaria para ajudar o mundo, não poderia fazer isso reduzindo atividade econômica prejudicando a população inglesa”.