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Arthur de Faria fala de Lupicínio Rodrigues

Arquivo Pessoal / Instagram

Destaques da entrevista

A origem de Lupicínio Rodrigues

Gaúcho e de família de classe média, Lupicínio não tinha muito o perfil de um sambista. No sul do país, ele seria um dos maiores responsáveis pela difusão de sambas.

Devolvido pela escola

O futuro compositor ficava batucando na mesa e não prestava atenção em nada. Por isso, foi mandado de volta para casa.

Carreira militar

Alistado à força pelo pai, Lupicínio vivia sendo preso por indisciplina. Em 1932, foi assistir com o futuro cantor Nuno Roland a um espetáculo musical – e não voltou para o quartel.

O samba em Porto Alegre

Já se comprava muitos discos, mas as gravadoras não os mandavam para a capital gaúcha. A partir das jazz bands inspiradas pela de Pixinguinha, novos tipos de música começaram a tocar e logo se popularizaram.

Boemia

Lupicínio dizia que não era cantor, compositor ou artista – era boêmio. A boemia portoalegrense era funcionária – as pessoas trabalhavam, mas não deixavam de sair à noite.

O compositor e o racismo

Nos anos 60, Lupicínio entrou numa lancheria em Porto Alegre e não foi atendido. O funcionário disse que não atendiam negros. O compositor saiu e voltou com a imprensa e a polícia e o dono foi preso, no primeiro caso de aplicação da Lei Afonso Arinos no país.

História de “Vingança”

Lupicínio escreveu “Vingança” por ter sido quase traído pela mulher com quem vivia à época. Ganhou tanto dinheiro com a canção que comprou um belo automóvel e o batizou de “Vingança”.

Melodia e harmonia

Intuitivo, o compositor gaúcho alternava as notas graves e agudas da melodia para combinar com a harmonia e as letras de suas canções, como em Torre de Babel, Nervos de Aço e várias outras.

Hino do Grêmio

O hino foi composto para o cinquentenário do clube, em 1953. Ficou tão popular que ninguém se lembra do anterior, e é hoje o hino oficial da agremiação gaúcha.

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