Formado em Tecnologia da Comunicação, Eduardo Araújo idealizou a empresa Vorax. A companhia ajuda clientes a recuperar suas contas nas redes sociais e a criar barreiras para evitar o “sequestro” de seus dados na internet.
Em declaração ao Norte Entrevista, o especialista comentou sobre algumas táticas utilizadas por hackers, como a “engenharia social” e a “SIM Swap”. Ambos os modelos de retenção das redes sociais utilizam dados, fornecidos pela própria vítima ou não, que revelam preferências e estilo de vida do usuário.
Para evitar danos, que podem até afetar financeiramente as vítimas, por meio de golpes em seu nome, Eduardo Araújo dá dicas para proteger contas nas redes sociais e trafegar, com segurança, pela internet. Acompanhe os destaques da entrevista:
Como se proteger na internet?
“Não armazene senhas no seu celular! Muita gente tem a mania de guardar suas senhas, informações, dentro do bloco de notas, dentro do Notepad, no celular. Eu não recomendo fazer isso. E também não baixar aplicativos que não sejam das lojas oficiais, que é a Google Play, e a Apple Store. Você tem que baixar somente aplicativos dentro dessas lojas oficiais. Evite clicar em links de pessoas desconhecidas e até mesmo de amigos conhecidos. Se você ver que o link é suspeito, não clique. (…) Hoje muitos dos criminosos utilizam a tática de links falsos – que são os phishings -, para enganar os usuários e para obter acesso às redes bancárias. Também, você deve ter muito cuidado com a questão disso: aplicativos em lojas não oficiais, eles podem causar um malware dentro do dispositivo e obter as suas informações em tempo real, GPS, acessar câmeras, acessar voz, vídeo e sequestrar também suas redes sociais”
Como criar senhas seguras
“A melhor prática hoje é você fazer senhas alfanuméricas e também realizar senhas pré-codificadas. Um exemplo: você nunca coloque seu nome e nome de pessoas próximas, sempre use nomes invertidos, com letras, números, caracteres… e deixar sempre anotado num bloco de papel na sua casa, não deixe anotado dentro do bloco de notas digital que também é perigoso”
O que fazer em caso de suspeita de invasão
“A primeira situação que eu aconselho é você registrar um boletim de ocorrência, manter a calma e procurar um profissional da área de segurança da informação para te auxiliar. Você vai tentar fazer muitas coisas e acaba que pode prejudicar mais ainda. De todos os clientes que eu hoje já atendi, muitos tentaram fazer por forma manual, sem o devido conhecimento, e acabam que se prejudicam mais dão mais informações para o grupo criminoso. Por isso que é importante você manter a cautela, registrar o boletim de ocorrência e procurar o profissional para te auxiliar ou alguém com bastante conhecimento na área”
Caso Isabelle Nogueira
“Ela foi vítima de crime cibernético. Ela teve a linha dela hackeada [em 2023], foi utilizada a técnica Sim Swap e o número dela estava vinculado a todas as redes sociais. O grupo criminoso foi lá, conseguiu sequestrar a linha e automaticamente pegaram as redes sociais e lá aplicaram diversos golpes. Diversas pessoas, que seguiam ela no Instagram, caíram no golpe e depois fizeram depósitos de 5 a 10 mil reais e levamos um prazo de 24 horas para poder recuperar e restabelecer o acesso das redes sociais. Esse é um exemplo claro.”