O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, se tornou réu por improbidade administrativa em ação civil movida pelo Ministério Público Federal (MPF).

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Segundo o órgão, Vasques usou do cargo púbico para fazer campanha eleitoral para o presidente Jair Bolsonaro, entre agosto e outubro deste ano.

O presidente foi candidato à reeleição e perdeu a disputa para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Improbidade

Conforme a ação do MPF, Silvinei participou de eventos públicos oficiais, concedeu entrevista em meio de comunicação, bem como fez publicações em suas redes sociais, na qualidade de diretor-geral da PRF.

O gestor teria usado a imagem da instituição para promover efetivas manifestações de apreço ao atual presidente da República e candidato à reeleição.

A ação diz ainda que o gestor da PRF teria feito pedido de voto explicitamente as vésperas do segundo turno da eleição presidencial.

A decisão do juiz federal Jose Arthur Diniz Borges determina a citação de Vasques para “oferecimento de defesa”, num prazo de 30 dias.

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O MPF pediu o afastamento do diretor, mas a medida cautelar foi negada porque o PRF se encontra de férias até o dia 6 de dezembro.

Conforme a Agência Brasil, em decisão na quinta (24), o juiz complementou o despacho determinando a intimação da União Federal, em 15 dias, para “manifestar se há interesse no feito”.

A União deve ainda oficiar a gestão de pessoal da PRF para que informe, até o dia 7, qual é a situação funcional do policial ao término das férias.

Bloqueios

O PRF também é investigado pela Polícia Federal (PF) por suposta omissão para impedir os bloqueios nas estradas federais após o 2º turno das eleições.

No entanto, diretores da Polícia Rodoviária Federal negaram falta de ação do órgão para impedir os manifestantes.

PRF

Em nota, a Polícia Rodoviária Federal informou que acompanha com naturalidade a determinação de citação ao diretor-geral.

A PRF acrescenta não saber informar se Vasques já foi notificado da decisão, uma vez que ele se encontra de férias.