O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou, nesta quarta-feira (15), que a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos golpistas será “redundante”.
“Apenas temos feito a ponderação de que as investigações hoje conduzidas pela Polícia Federal, com a supervisão do Ministério Público, atendendo as decisões do Poder Judiciário, atendem plenamente ao objetivo de investigação de esclarecimento da autoria dos crimes que foram perpetrados em 8 de janeiro. Então seria uma CPI redundante”, destacou o ministro.
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Flávio Dino ressaltou ainda que a criação da CPI poderia gerar perda de foco em relação ao tema da reforma tributária.
“Ao nosso ver hoje é estratégica para esse momento que o Brasil vive”, completou o ministro.
CPI
O presidente do Senado, o senador Rodrigo Pacheco, mencionou, durante evento do BTG Pactual, desta última terça-feira (14), a possibilidade de instalar a CPI.
A solicitação da instauração da CPI foi pedida pela senadora Soraya Thronicke (União-MS) e já havia recolhido 27 assinaturas, número mínimo para instalação.
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Atos golpistas
A organização dos atos criminosos começou antes do dia 8 de janeiro.
Diversos ônibus chegaram ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no sábado (7) e domingo (8).
No domingo, às 14h, os criminosos percorreram 8 km até a Praça dos Três Poderes, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Os vândalos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Destruíram obras de arte, móveis, quebraram espelhos, vidros e janelas, depredaram computadores e roubaram armas.
Além disso, segundo o Sindicato dos Jornalistas do DF, cerca de 16 jornalistas foram agredidos ou tiveram materiais roubados pelos criminosos.