O interventor federal da Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou que os 23 dias de intervenção “foram dias duros”.

Esta terça-feira (31) marca o fim da intervenção federal.

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Cappelli também agradeceu, em suas redes sociais, a confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Justiça, Flávio Dino.

“Fiz o meu melhor, espero ter acertado”, completou.

Agora, Cappelli volta para o cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

No entanto, como ressaltou o Cappelli, a Operação Lesa Pátria, realizada pela Polícia Federal, vai continuar punindo os responsáveis pelos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.

Além disso, o então interventor afirmou que tem “plena confiança” na corregedoria da Polícia Militar.

Agentes da PMDF estão sendo investigados por conivência.

Início da intervenção

Em resposta às invasões e depredações promovidas por terroristas no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal, o presidente Lula decretou, no mesmo domingo dos atos (8), a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.

O objetivo era para manter a ordem na capital do país.

“Não tem precedente na história do nosso país. Não existe precedente o que essa gente fez e por isso essa gente terá que ser punida”, afirmou Lula ao assinar o decreto de intervenção.

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Atos antidemocráticos

A organização dos atos criminosos começou durante o fim de semana dos dias 7 e 8 de janeiro.

Diversos ônibus chegaram ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no sábado (7) e domingo (8).

No domingo, às 14h, os criminosos percorreram 8km até a Praça dos Três Poderes, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

Os vândalos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Destruíram obras de arte, móveis, quebraram espelhos, vidros e janelas, depredaram computadores e roubaram armas. 

Além disso,  segundo o Sindicato dos Jornalistas do DF, cerca de 16 jornalistas foram agredidos ou tiveram seu material roubado pelos criminosos.