Os casos de dengue no estado do Rio de Janeiro aumentaram 300% neste ano, é o que revela dados do levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgada nesta segunda-feira (24).

A comparação leva em conta os meses de janeiro a outubro deste ano e o mesmo período de 2021.

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Dados

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) já contabiliza neste ano 10.471 casos de dengue, com 14 vítimas.

No ano passado, foram registrados 2.613 casos e quatro mortes pela doença até outubro.

Chikungunya

De acordo com o levantamento, a incidência da chikungunya também cresceu no estado, porém com intensidade menor.

Os casos aumentaram 24%, com 611 diagnósticos e nenhum óbito em 2022.

Consideradas arboviroses urbanas, as duas doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a zika. Esta terceira enfermidade, porém, teve redução de casos em 2022.

Plano de contingência

A Secretaria de Estado de Saúde alerta que a população deve se engajar na eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, que depende de locais com água parada para depositar seus ovos e se multiplicar.

A chegada do fim do ano, tradicionalmente, aumenta o número de focos do mosquito, e, para combatê-los, foi lançado nesta segunda, o Plano de Contingência para Enfrentamento às Arboviroses Urbanas causadas pelo Aedes aegypti 2022/2024.

O plano vai preparar o estado para dar uma resposta rápida, na eventualidade de uma epidemia, e inclui uma campanha de conscientização da população.

O plano estadual prevê desde a capacitação de profissionais de saúde para o atendimento adequado dos casos suspeitos até ações de contingenciamento, como por exemplo, a estruturação de centros de acolhimento em unidades de saúde e unidades de pronto atendimento (UPAs), considerando as especificidades da doença. 

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Dengue tipo 2

A onda de casos registrada neste ano, em parte, pode ser explicada pelo retorno do sorotipo 2 do vírus da dengue, que não circulava no estado do Rio de Janeiro desde 2008.

O sorotipo foi o responsável pela maior epidemia de dengue já enfrentada pelo estado do Rio de Janeiro, em 2008, e sua reentrada tem sido monitorada desde 2019.

Medidas de prevenção

O controle da dengue depende de que a população tome cuidados em suas casas e locais de trabalho para impedir o acúmulo de água parada em locais como vasos de plantas, pneus, garrafas, piscinas sem uso e sem manutenção, caixas d’água destampadas, e até mesmo recipientes pequenos, como tampas de garrafas. 

A população precisa eliminar focos de mosquito, verificando se a caixa d’água está bem tampada; deixar as lixeiras bem tampadas; colocar areia nos pratos de plantas; recolher e acondicionar o lixo do quintal e limpar as calhas.

É preciso ainda cobrir piscinas; tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários; limpar a bandeja externa da geladeira; limpar e guardar as vasilhas dos animais de estimação; limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado; cobrir bem a cisterna e os demais reservatórios de água.