Neste domingo (20) além do início da Copa do Mundo 2022, é celebrado o Dia da Consciência Negra no Brasil.
Os jogadores negros brasileiros são responsáveis por muito do sucesso da pentacampeã seleção canarinho, além de serem destaques nos mais importantes clubes do mundo.
+ Envie esta notícia no seu WhatsApp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
Dia da Consciência Negra
A data do Dia da Consciência Negra foi instituída pela Lei nº 12.519/2011, faz referência à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares (localizado entre Alagoas e Pernambuco), morto por bandeirantes, em 1695.
Nesse sentido, o 20 de novembro relembra a luta dos negros contra a opressão.
Racismo no futebol
Apesar de todo o talento com a bola nos pés, ainda encaram práticas recorrentes de intolerância e discriminação racial no futebol, dentro e fora dos campos.
Vinicius Jr., craque do Real Madrid, enfrentou inúmeros ataques racistas nos jogos na Espanha.
Recentemente, o jogador Richarlison, do Tottenham, um dos convocados para a Seleção Brasileira, teve uma banana arremessada em sua direção após comemorar seu gol marcado na partida do Brasil com a Tunísia, encerrada em 5×1.
RELACIONADAS
+ VÍDEO: programa Pensa Comigo debate ‘Dia da Consciência Negra’
+ Dia da Consciência Negra será celebrado com festival em Manaus
A representação do Brasil sempre chamou a atenção do mundo por ser fortemente marcada pela diversidade étnica e pela notável habilidade de seus jogadores, muitos deles negros.
Mas nem mesmo Pelé, o Rei do Futebol, por fim considerado o “Atleta do Século”, ficou imune ao racismo, fosse escancarado ou velado.
Denúncias
Dados do Observatório da Discriminação Racial no Futebol apontam 64 denúncias em 2021.
Desde 2014, início da série história, houve 399 registros, de acordo com o senador Paulo Paim (PT-RS), autor do Estatuto da Igualdade Racial, sancionado em 2010 pelo então presidente Lula.
Punições
Em maio deste ano, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou o lançamento da campanha Basta! — Chega de racismo no futebol, após recorrentes atos de discriminação racial na Libertadores e na Sul-Americana.
“A Conmebol considera absolutamente inaceitável qualquer manifestação de racismo e outras formas de violência nos seus torneios. A conscientização, destinada a jogadores, árbitros e torcedores de futebol, será visível por meio de todos os meios de comunicação disponíveis como uma campanha permanente”, dizia o anúncio da campanha.
À época houve alteração do Código Disciplinar, com mudanças no valor das multas aplicadas aos clubes, passando de US$ 30 mil para US$ 100 mil. Também ficou a cargo do órgão judicial competente impor a sanção de disputar um ou mais jogos com portões fechados ou o bloqueio parcial do estádio.