O julgamento de Flordelis dos Santos de Souza, que entrou no terceiro dia nesta quarta-feira (9), foi retomado no Fórum de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

A ex-deputada federal e pastora é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, morto com mais de 30 tiros na madrugada do dia 16 de junho de 2019.

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Julgamento de Flordelis

A expectativa, em princípio, era que o julgamento de Flordelis terminasse em 3 dias, mas agora é de que possa ir até sábado (12).

Das 30 testemunhas listadas para o julgamento de Flordelis, somente seis prestaram depoimento nos dois primeiros dias: os delegados Allan Duarte, Bárbara Lomba e Regiane Ramos; o inspetor Tiago Vaz e os filhos afetivos de Flordelis, Alexsander Mendes e Wagner Pimenta.

Ainda faltam depor testemunhas elencadas pela acusação e pelas defesas de Simone dos Santos Rodrigues (filha biológica de Flordelis), Rayane dos Santos Oliveira (neta da ex-deputada federal), Marzy Teixeira da Silva (filho afetivo da pastora) e a própria Flordelis.

Na terça-feira (8), o júri, com o horário previsto para começar às 9h, só recomeçou pouco depois das 10h30.

Por um erro cometido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), André Luiz de Oliveira, filho afetivo de Floderlis, não estava na lista de transferência para o tribunal, onde a sessão só iniciou depois da chegada dele.

Julgamento de Flordelis, filhos e neta é conduzido pela juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói - Foto: Tomaz Silva/ABr
Julgamento de Flordelis, filhos e neta é conduzido pela juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói – Foto: Tomaz Silva/ABr

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Pastor assassinado

No dia do crime, o casal tinha acabado de chegar na casa onde morava, em Pendotiba, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Flordelis desceu do carro e entrou na residência.

Na época, pessoas da família relataram que Anderson havia retornado à garagem porque teria esquecido algo no carro. Disseram ainda que na sequência ouviram disparos e encontraram Anderson baleado perto do veículo.

Em pouco tempo, as investigações conduzidas inicialmente pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí indicaram que houve um plano para assassinar o pastor. O inquérito apontou que Flordelis seria a mandante do crime.

A ex-parlamentar responde por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.

Estão também em julgamento os filhos afetivos da ex-parlamentar André Luiz de Oliveira e Marzy Teixeira da Silva, além da filha biológica Simone dos Santos Rodrigues. Os três respondem por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada.

A neta de Flordelis, Rayane dos Santos Oliveira, também está sendo julgada por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada.