Suposto mandante do assassinato o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, Rubens Villar Pereira, também conhecido como “Colômbia”, foi posto em liberdade provisória após pagar fiança de R$ 15 mil.

A soltura ocorreu na manhã de sexta-feira (21), mas só foi divulgada no fim da tarde deste sábado (22).

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Conforme divulgado pela Agência Brasil, a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas informou que Colômbia está em Manaus, onde cumpre prisão domiciliar e está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

Por causa das dificuldades de acesso à internet no interior do Estado, ele foi solto sob a condição de permanecer na capital amazonense.

Com o passaporte retido pela Polícia Federal, Colômbia não pode deixar o país.

No dia 6 de outubro, a Justiça Federal no Amazonas concedeu liberdade provisória ao suposto mandante.

O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão, mas, na última terça-feira (18), o juiz federal Fabiano Verli manteve a soltura, argumentando que o suposto mandante tem o direito de responder aos processos em liberdade.

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O caso

Colômbia foi preso no início de julho, após apresentar identidade falsa ao prestar depoimento na delegacia de Tabatinga, no interior do Amazonas, sobre o homicídio de Bruno e de Dom Phillips.

Na ocasião, o suposto mandante apresentou uma identidade colombiana com outro sobrenome, além do documento brasileiro.

A Polícia Federal investiga a suspeita de que ele teria um terceiro documento, peruano.

Apontado como mandante do crime, Colômbia negou, no depoimento, qualquer envolvimento na morte do indigenista e do jornalista, que fazia reportagens para o jornal The Guardian. A Polícia Federal, no entanto, manteve a linha de investigação.

Bruno e Phillips foram mortos no início de junho, quando viajavam, de barco, pela região do Vale do Javari.

Localizada próxima à fronteira brasileira com o Peru e a Colômbia, a região abriga a Terra Indígena Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares.

A área também abriga o maior número de indígenas isolados ou de contato recente no mundo.

Ao menos oito pessoas estão sendo investigadas por possível participação no duplo assassinato e na ocultação dos cadáveres.

Três dos suspeitos estão presos: Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos.